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II SÉRIE-A — NÚMERO 128

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Num quadro de valorização nacional e transnacional é relevante consolidar uma nova perspetiva de

conetividade que impende sobre o território – a Conetividade Ecológica – que será estruturada entre os

diversos sistemas ecológicos que incluem a rede hidrográfica, com nós de conetividade ao nível dos estuários

e troços dos rios internacionais (a chamada rede azul), as principais cumeadas e zonas de cabeceira, os

sistemas litorais e as áreas naturais, protegidas e relevantes para a conservação da natureza, nomeadamente

a Rede Natura 2000.

Simultaneamente, as conetividades no espaço nacional, ibérico, europeu, atlântico e global são também

materializadas pelos sistemas aeroportuário, portuário, fluvial, rodoviário e ferroviário com diferentes

níveis de desenvolvimento. O sistema aeroportuário está a ser sobretudo pressionado pela subida da

procura turística. O sistema portuário assume um papel cada vez mais relevante enquanto conjunto de

plataformas logísticas multimodais cruciais para a conetividade marítima de Portugal com a Europa e o resto

do mundo. O congestionamento de tráfego ferroviário evidencia a importância do eixo ferroviário entre os dois

arcos metropolitanos. No transporte de passageiros há uma excessiva dependência dos cidadãos do

transporte automóvel individual.

As redes digitais poderão constituir importantes instrumentos para a coesão territorial. Em termos

de conetividade digital, apesar de Portugal ter um desempenho acima da média da União Europeia, há ainda

grandes diferenças territoriais em termos de cobertura de banda larga rápida, com as áreas rurais a

necessitarem de um investimento significativo. Uma inadequada resposta tecnológica vai gerar segregação

digital, que se pode traduzir num reforço dos níveis de exclusão social e em oportunidades diferenciadas para

os indivíduos, as instituições e os territórios. É fundamental que no futuro o País reforce a aposta na

infraestruturação e no desenvolvimento de plataformas e ferramentas digitais, impulsionando o

desenvolvimento de novos modelos operativos e sistemas inovadores, novos processos produtivos e

logísticos, uma maior capacitação da população (smart communities) e novos modelos de governação (smart

government).

Assume-se que otimizar as infraestruturas ambientais e de conetividade ecológica, reforçar e

integrar redes de acessibilidade e de mobilidade e dinamizar as redes digitais constituem os objetivos

tendo em vista conectar o País interna e externamente.

4.1. Otimizar as infraestruturas ambientais e a conetividade ecológica

Esquema de Conetividade Ecológica Nacional

Fonte dos dados: Rede hidrográfica–APA, Rede Nacional de Áreas Classificadas–ICNF, COS-DGT