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3. Economia

O anterior relatório relativo à aplicação do Estado de Emergência referia-se

especificamente ao período compreendido entre os dias 7 e 14 de janeiro de 2021.

Quanto a este período, constatou-se o prolongamento da fase de desaceleração da

atividade económica do ponto de vista da procura agregada. Esta quebra foi causada por

uma diminuição acentuada do consumo ao longo da primeira quinzena de janeiro, a qual

sucedeu ao pico de consumo atingido no mês de dezembro de 2020.

Em relação ao presente relatório, cujo objeto de análise é o período de Estado de

Emergência compreendido entre os dias 15 e 30 de janeiro de 2021, constata-se uma

desaceleração relativamente ao período anterior do ponto de vista da procura agregada.

Apesar desta desaceleração, se analisado o mês de janeiro na sua totalidade, este situou-

se, apesar das medidas de confinamento, em linha com o mês de maio de 2020, no que

diz respeito aos indicadores de procura.

Os dados de mobilidade fornecidos pela GOOGLE demonstram uma quebra de 60% na

afluência aos espaços de retalho e lazer e de 13% no caso das mercearias e farmácias.

Esta quebra parece dever-se, principalmente, às medidas de confinamento vigentes, uma

vez que o mesmo relatório indica uma subida em 25% do tempo passado pelos

portugueses nas suas residências e uma descida de 48% do tempo passado no local de

trabalho, como possível resultado da abrangente obrigatoriedade de aplicação do regime

de teletrabalho. Estes valores parecem ser coerentes com os dados da procura agregada,

que indicam, conforme anteriormente referido, uma desaceleração da atividade

económica na segunda quinzena de janeiro quando comparada com a sua primeira

quinzena.

No período em análise, manteve-se a distribuição de atividade económica pelos dias da

semana, correspondendo todas as sextas-feiras (15, 22 e 29 de janeiro) aos dias com

valores mais altos da série em questão e os domingos (17 e 24) aos dias com valores

mais baixos. Esta distribuição enquadra-se nos padrões de consumo observados

também ao longo do ano de 2020.

Durante este período foi, também, publicada a estimativa rápida para o Produto Interno

Bruto (PIB) de 2020, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A confirmar-se a

estimativa do INE, o PIB ter-se-á retraído em 7,6%. Há dois motivos principais para esta

retração, ambos relacionados com a pandemia do novo coronavírus. Em primeiro lugar,

observou-se uma profunda contração do consumo privado, proveniente, quer das

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