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os efeitos do confinamento na economia à medida que são disponibilizados indicadores

para o mercado europeu.

Sabemos hoje que o volume de negócios do comércio a retalho terá aumentado cerca de

2,2% em Portugal, no mês de março. O mesmo indicador situa-se em 2,7% na Zona

Euro e em 2,6% na União Europeia (UE), de acordo com o Eurostat. A inferência possível,

destacada em relatórios anteriores, é que apesar das normas de confinamento mais

estritas vigentes em Portugal, que vigoraram ainda parcialmente no mês de março, a

economia portuguesa demonstra uma tendência de convergência com a UE, com uma

diferença de apenas 0,4%.

Tal tendência é também visível noutros setores da economia, como sejam a indústria ou

o comércio internacional, que ora cumpre analisar. Relativamente à indústria, observa-

se, de acordo com o INE, um incremento de 15,9% no volume de negócios e de 5,0% no

índice de produção industrial, em termos homólogos. Este dado reveste-se de uma

importância particular por março de 2020 ter sido o primeiro mês em que se considera

que a economia portuguesa foi significativamente impactada pela pandemia do novo

coronavírus, pelo que avanços tão significativos em ambos os índices são, por isso,

particularmente positivos.

O dinamismo industrial não deve, no entanto, ser observado de forma isolada. Com

efeito, este tem um impacto direto no emprego, nas exportações e nas importações, de

tal modo que um acréscimo no dinamismo industrial e comercial torna igualmente

expectável um aumento nos fluxos de comércio internacional, como aliás se observa no

aumento homólogo de 28,8% e 12,2% de exportações e importações, respetivamente,

no mês de março.

Apesar da evolução globalmente positiva dos indicadores relativos aos vários setores

económicos já mencionados, cumpre refletir ainda, particularmente no caso português,

sobre a evolução do setor do turismo. Em março de 2021, o setor do alojamento turístico

registou 283,7 mil hóspedes e 636,1 mil dormidas, correspondendo a variações

homólogas de -59,0% e -66,5%, respetivamente.

Cumpre notar, por fim, que os indicadores supramencionados espelham essencialmente

a realidade dos meses de março e abril, onde a economia tem acelerado de forma

consistente. Contudo, tal não se verificou na totalidade dos primeiros meses de 2021,

onde Portugal, de forma assíncrona com o resto da UE, impôs medidas de confinamento

destinadas a controlar a propagação do novo coronavírus. De acordo com o INE, tal

17 DE MAIO DE 2021 _________________________________________________________________________________________________________

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