O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

3. Economia

Caracterização da Situação Económica

O relatório que ora se apresenta procura analisar a evolução da situação económica,

bem como o impacto das medidas em vigor ao longo do período da situação de

calamidade. Assim, o período em análise corresponderá ao mês de junho.

O primeiro aspeto a destacar é que a dinâmica de consumo observada no mês de junho

é idêntica à observada em maio. Com efeito, embora o último mês apresente uma

evolução ligeiramente negativa, de cerca de 1,5%, esta não representa, s.m.o., uma

alteração significativa nos padrões de consumo. Contudo, esta é a primeira evolução

negativa desde março de 2021, devendo esta dinâmica, por isso, ser alvo de observação.

Apesar deste decréscimo ligeiro no que concerne aos indicadores de procura, este valor

não parece refletir a evolução dos padrões de confiança na economia. Com efeito, em

junho, o Indicador de confiança dos Consumidores registou uma nova subida para -12,6,

o valor mais elevado desde fevereiro de 2020.

Para além da confiança dos consumidores, que se assume como essencial para a

recuperação económica, também a confiança dos agentes económicos subiu de forma

transversal a toda a economia. Esta variação é espelhada nos índices de confiança da

Indústria Transformadora, do Comércio e dos Serviços para o mês de junho, os quais

apresentam valores de 2,7, 4,9 e 6,8, respetivamente. Em todos os casos, estes valores

correspondem aos valores mais altos desde o início da pandemia.

Esta evolução ascendente tem tido reflexo concreto na dinâmica económica. Cumpre,

por isso, analisar as alterações notadas ao nível setorial que, podendo não estar ainda

disponíveis para o mês de junho, nos darão, apesar disso, uma ideia concreta da

tendência de crescimento.

O comércio internacional teve, em maio, um aumento significativo, observando-se uma

variação de 54,8% no caso das exportações e de 52,6% no caso das importações, em

termos nominais, quando comparadas com o mesmo período do ano passado. Apesar

disso, estes valores situam-se ainda 5,2% e 7,5% abaixo dos valores registados em maio

de 2019, para exportações e importações, respetivamente. Deve também assinalar-se a

melhoria das perspetivas para a atividade exportadora em 2021, com as empresas

portuguesas a prever um aumento nominal de 7,2% nas exportações de bens em 2021,

o que representa uma melhoria face ao último inquérito, o qual se realizou em novembro

de 2020. Esta métrica vem assim consolidar uma tendência observada ao longo de todo

18 DE AGOSTO DE 2021 ____________________________________________________________________________________________________________

19