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oferta determina o aumento de preços. Os preços no consumidor registaram, em termos médios, uma evolução ascendente ao longo de 2021, contrastando com a tendência de abrandamento observada nos últimos anos. No conjunto do ano, o índice de preços no consumidor (IPC) registou uma variação de 1,3% (variação nula no conjunto do ano de 2020). Para esta evolução foi determinante a aceleração dos preços dos produtos energéticos, que aumentaram no quarto trimestre, em termos homólogos, 12,9% (9,5% e 3,7%, no primeiro semestre e no terceiro trimestre, respetivamente), enquanto o índice de preços referente aos produtos alimentares não transformados abrandou de 4%, em 2020, para 0,6%, em 2021.

Por classes de despesa, são de destacar os aumentos dos preços dos transportes (4,4%), da saúde (2,1%) e da classe da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (1,6%).

Quadro 1.3. Preços no consumidor (taxa de variação homóloga, percentagem)

Nota: * Índice total, excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos.

Fontes: Instituto Nacional de Estatística; EUROSTAT.

A inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) registou igualmente uma tendência ascendente. Em 2021, o IHPC aumentou 0,9% (-0,1% em 2020).

Apesar do comportamento ascendente do IHPC em Portugal, este manteve-se inferior à média da União Europeia, em particular em relação ao IHPC em Espanha (2,6% e 3%, respetivamente, em 2021). Este diferencial, que se acentuou em 2021, reflete em parte diferenças substanciais na evolução dos preços da eletricidade pagos pelos consumidores finais. Com efeito, desde o início de 2021, tem-se verificado um aumento significativo dos preços da energia nos mercados grossistas, em consequência da conjugação de uma alteração na estrutura de produção (que se traduz na redução de produção em centrais hidroelétricas e no aumento da produção em centrais geradoras a gás natural), com o significativo aumento dos preços dos combustíveis derivados do petróleo e das licenças de emissão de CO2.

Melhoria da capacidade de financiamento da economia

Em 2021, a economia portuguesa apresentou capacidade de financiamento (medida pelo saldo conjunto das balanças corrente e de capital) equivalente a 0,7% do PIB, representando uma melhoria de 1845 milhões de euros em relação a 2020.

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IPC

IPC total 0,3 0,0 1,3 0,4 0,8 1,5 2,4

Bens -0,3 -0,5 1,7 0,4 1,8 2,0 2,7

Al imentares não transformados 0,9 4,0 0,6 1,5 -0,4 0,1 1,1

Energéticos -1,8 -5,0 7,3 -1,7 9,0 9,5 12,9

Serviços 1,2 0,7 0,6 0,5 -0,7 0,8 1,9

IPC subjacente* 0,5 0,0 0,8 0,5 0,2 0,9 1,5

IHPC

Portugal 0,3 -0,1 0,9 0,2 -0,1 1,2 2,4

Área do euro 1,2 0,3 2,6 1,1 1,8 2,8 4,6

Diferencial (p.p.) -0,9 -0,4 -1,6 -0,9 -1,9 -1,6 -2,2

2019 2020 20212021

13 DE ABRIL DE 2022 ____________________________________________________________________________________________________________

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