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21 | II Série B - Número: 031 | 14 de Novembro de 2008

PERGUNTA Número 534/X (4.ª) Assunto: Futuro do ramal da Lousã Destinatário: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República A sociedade Metro Mondego foi constituída em 1996 para desenvolver o metro ligeiro de superfície em Coimbra. Passados mais de 10 anos ainda não se assistiu a qualquer obra, tendo sido realizados apenas alguns estudos.
Várias declarações da Secretária de Estado dos Transportes têm anunciado a vontade de avançar com o concurso público para as obras no ramal da Lousã {primeiro na ügação entre Serpins e Miranda do Corvo), começando por aquele que é um dos troços mais polêmicos de todo o projecto do metro. Refira-se que foi entregue na Assembleia da República uma petição com mais de 5000 assinaturas a defender a manutenção da via ferroviária, optando-se pela sua electrificação e modernização.
Esta petição apela à realização de um estudo que compare a opção de modernização e electrificação da linha ferroviária, mantendo a bitola ibérica, e a opção de transformação da linha convencional em metro ligeiro de superfície, passando para bitola europeia e mudando o material circulante.
Esta é uma reivindicação do nosso ponto de vista pertinente, uma vez que não há qualquer estudo que mostre a vantagem em termos de serviço público para os utentes e de custos da opção que tem sido anunciada para o ramal da Lousã. Aliás, qualquer decisão sobre obras públicas, principalmente desta envergadura e com o incómodo que representa para os utentes, deve ser fundamentada por estudos técnicos, económico-financeiros e de mobilidade consistentes.
Para o Bloco de Esquerda as dúvidas que existem sobre a viabilidade desta opção devem ser cabalmente esclarecidas. Aponta o sindicato nacional dos trabalhadores ferroviários que a substituição do caminho-de-ferro no ramal da Lousã pelo metro ligeiro de superfície apresenta desvantagens, como seja a baixa velocidade de ponta para um percurso longo e com uma baixa densidade de paragens, o que aumentará o tempo de viagem; uma menor capacidade de transporte de pessoas; a dificuldade de compatibilizar os padrões de procura da rede urbana com a sub-urbana; a perda da capacidade de transporte de mercadorias; a duplicação de oficinas e serviços próprios, os quais já existem na CP; obras com a duração de 1 a 2 anos que levariam ao incómodo dos utentes pelo transporte alternativo rodoviário e a desabituação do uso da linha; maiores custos com a adaptação da linha ao tipo "carro eléctrico" em alternativa à electrificação da linha.