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Português Central de Santiago, com mais de 30 mil peregrinos anuais, que mais pessoas atrai.
Só em 2010 foram contabilizados no Caminho Português Central de Santiago peregrinos de
cerca de 52 nacionalidades (desde o Brasil até à Nova Zelândia, Austrália, Japão e Coreia do
Sul).
O percurso Português, embora ainda longe de esgotado o seu potencial de exploração turística
corresponderá hoje a cerca de 13% do volume global de peregrinos a Santiago de Compostela.
Desde a Idade Média que o Caminho Português Central de Santiago validado por estudos das
mais diversas áreas do saber, pleno de Histórias e Lendas (da qual a Lenda do Galo de
Barcelos será a mais conhecida), tem vindo a ser percorrido por milhares e milhares de
peregrinos, muitos deles, aliás, figuras importantes da História (Rainha Santa Isabel, D. Manuel
I, Damião de Góis, Príncipe Cosme de Médicis – futuro Cosme III Grão-duque da Toscana, etc.).
O Caminho Português Central de Santiago foi-se estabelecendo a partir do séc. XI e tendo como
principais etapas Lisboa, Coimbra, Porto, Barcelos, Ponte de Lima e Valença, localidades
atravessadas pela Estrada Real e nas quais confluíam outras vias secundárias do interior.
Em Barcelos chegou mesmo a existir um Hospital de Peregrinos que começou por ser instalado
no Convento de Abade de Neiva, por ordem de D. Mafalda (esposa de D. Afonso Henriques), e
depois passou para uma ala do actual edifício dos Paços do Concelho.
A reformulação da rede viária foi criando vias alternativas e o Caminho Português Central de
Santiago foi vendo cair no esquecimento alguns dos seus trajectos, mas, mais recentemente, o
trabalho notável desenvolvido por muitas pessoas do Minho e da Galiza e em particular pelas
Associações Jacobeias veio identificar com apreciável rigor o velho itinerário e dar passos
importantes para a sua requalificação e promoção.
As setas amarelas indicando a direcção de Santiago e as azuis identificando o retorno de
Santiago de Compostela para Fátima são hoje traços desse trabalho.
Atentas estas considerações, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis,
os Deputados abaixo assinados vêm, através de Vossa Excelência, requerer que o Senhor
Ministro da Economia responda às seguintes questões:
1- De entre as prioridades estratégicas que o actual Governo tem para o sector do Turismo, qual
o grau de importância que confere ao chamado Turismo religioso?
2- Admite o Governo numa eventual revisão ao Plano Estratégico Nacional do Turismo corrigir o
incompreensível esquecimento deste segmento enquanto pólo fundamental de uma aposta
nacional nesta área de actividade?
3- Considerando o inegável valor histórico e cultural mas também o potencial económico do
Caminho Português Central de Santiago, qual é a estratégia que o Governo está a preparar ou
tem preparada para a promoção turística desta via?
2 DE MAIO DE 2012
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