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Da mesma forma que esta decisão era inaceitável e injustificável há um ano atrás, mais parece
agora, sem qualquer justificação técnica que fundamente aquela transferência.
Esta transferência ignorou que na distribuição geográfica de todas as ocorrências na região do
Algarve, Baixo-Alentejo, Alto Alentejo e Zona Metropolitana de Lisboa, verificou-se uma notória
prevalência do uso dos meios na região do Algarve, com um total de 87%.
A região do Algarve apresentou um acumulado de 352 serviços (serviços primários e interhospitalares), contra os 62 serviços atingidos pelas restantes regiões (Zona Metropolitana de
Lisboa, o Baixo e Alto Alentejo).
É inaceitável que os 87% de serviços efetuados na região do Algarve comparativamente com os
11% dos serviços realizados na região do baixo Alentejo, não tenham sido considerados valores
suficientes e justificáveis para manter o helicóptero do INEM, deixando a região com maior
número de ocorrências longe dos meios necessários.
A solução apresentada pelo INEM, a utilização do helicóptero Kamov, não é adequada para a
prestação de serviços primários, existindo uma grande probabilidade de falha do programa
nacional no âmbito do socorro pré-hospitalar (Via Verde Coronária).
O helicóptero Kamov leva 45 minutos só para aquecer os motores, comparativamente com o
helicóptero INEM que leva 3 minutos, o que irá diminuir substancialmente a capacidade de
resposta em tempo útil, no âmbito do socorro pré-hospitalar, provocada pela nova localização
dos meios face às suas capacidades, diminuindo os tempos de prontidão que tão necessários
são para salvar vidas em situações de emergência.
O helicóptero Kamov apresenta excelentes condições para ser usado para o combate a
incêndios, no entanto a sua envergadura não lhe permite aterrar nos mesmos locais que o
helicóptero ligeiro do INEM, até em certas unidades hospitalares, o que impedirá que diversos
serviços primários sejam efetuados.
Parece, pois, um contra-senso, a transferência do helicóptero do INEM sedeado em Loulé para
o Alentejo sem qualquer fundamento técnico ou operacional, acarretando consequências muito
negativas para a região do Algarve, aumentando-se significativamente o tempo de resposta, e
um maior gasto de combustível e mais horas de voo.
Entretanto, hoje mesmo, às 8 horas da manhã, o helicóptero do INEM regressou ao heliporto de
Loulé, da mesma forma furtiva como de lá saiu: sem uma palavra ao município de Loulé,
entidade proprietária da infraestrutura, e sem qualquer explicação para este regresso.
Importa saber, neste saltitar entre Loulé e Beja, onde é que, em definitivo, ficará baseado o
helicóptero do INEM.
Assim, ao abrigo das todas as disposições constitucionais, legais e regimentais aplicáveis,
vimos solicitar a V. Exa. se digne obter junto do Ministério da Saúde resposta às seguintes
questões:
10 DE OUTUBRO DE 2012
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