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Reduzindo progressivamente o número de trabalhadores, mantendo em Évora linhas de
produção de pouca incorporação tecnológica e com menor possibilidade de expansão de
mercado, ao mesmo tempo que instala ou transfere para outros países linhas de produção de
maior inovação e com maior potencial de mercado e de desenvolvimento, a empresa está
deliberadamente a criar condições de quebra de produtividade, de desvantagem competitiva e
de perda de viabilidade económica com que possa justificar posteriormente a sua
deslocalização.
Este processo nem seria sequer novidade no grupo empresarial.
De acordo com informações a que o Grupo Parlamentar do PCP teve acesso, idêntica
metodologia parece ter sido seguida em Itália (mais precisamente em Monghidoro, Região do
Vale do Reno), onde terminou há cerca de duas semanas um processo semelhante em que a
empresa visava o encerramento definitivo da sua unidade industrial.
Apesar das intenções da empresa, foi exigido o cumprimento dos compromissos assumidos com
o Estado, obrigando a uma reorganização empresarial que não só permite a manutenção dos
postos de trabalho como aponta perspectivas de contratação de mais 100 trabalhadores até
Agosto de 2013.
Considerando a situação que se vive em Évora e as preocupações que também aqui existem
quanto ao futuro da unidade industrial e sobretudo dos postos de trabalho, exige-se do Governo
uma atitude firme em defesa do interesse dos trabalhadores e da economia regional e nacional.
Exige-se do Governo que esclareça com clareza quais as responsabilidades assumidas pela
empresa nos contratos celebrados com o Estado, mas também uma atitude firme na exigência
do seu cumprimento e na definição de soluções que garantam a manutenção dos postos de
trabalho e o desenvolvimento da actividade económica no futuro.
saber exactamente quais os compromissos assumidos pela empresa com o Estado aquando da
obtenção dos apoios e da celebração dos contratos de investimento;
2- exigir à empresa a clarificação das medidas tomadas nos últimos tempos de deslocalização
de linhas de produção e de redução de pessoal e das suas intenções quanto ao futuro;
3- exigir ao Governo intervenção para que sejam cumpridos os compromissos assumidos com o
Estado, sobretudo em termos de criação/manutenção de postos de trabalho.
Assim, e ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicito através de V. Exa.,
ao Ministério da Economia e do Emprego, os seguintes esclarecimentos:
Que compromissos foram assumidos e que apoios receberam as empresas SiemensMatsushita, Epcos e Kemet para a instalação e investimento na unidade industrial de Évora?
1.
Quais os prazos definidos para o cumprimento dessas obrigações e obtenção dos referidos
apoios?
2.
Que medidas tomou o Governo para fiscalizar e garantir o cumprimento das obrigações
assumidas pela empresa?
3.
Como avalia o Governo a progressiva redução de pessoal e transferência de linhas de
produção para outros países por parte da Kemet?
4.
4 DE DEZEMBRO DE 2012
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