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A impossibilidade de aceder aos artigos do IEEE antes de 2006, standards e revistas do IEEE
significa um retrocesso para a comunidade científica impossibilitando a revisão consistente da
literatura, logo diminuindo a qualidade e valor científico do trabalho como por exemplo ao nível
do estado da arte das teses de mestrado e doutoramento.
No caso de uma candidatura a um projeto europeu/internacional por parte de um instituto de
investigação e/ou universidade, os investigadores sobretudo da área das engenharias, apenas
dispõem de um número muito limitado de artigos para contextualizar o projeto, e portanto reduz
a possibilidade de sucesso dessa mesma candidatura. A evolução histórica de um determinado
tópico é essencial para o avanço científico, sem história não há ciência.
Por outro lado, a elaboração e submissão de artigos científicos em revistas internacionais,
essencial para o ranking das universidades, fica condicionada pela falta de acesso a estas
publicações anteriores a 2006.
A FCCN alega que os custos dos contratos com fornecedores da b-on são incomportáveis,
como tal apresentou a proposta de reduzir os conteúdos disponibilizados e consequentemente
os custos. Contudo, não foram ouvidos os principais intervenientes (investigadores e alunos),
nem avaliadas devidamente as consequências deste corte, sobretudo ao nível do retorno deste
investimento, como o acréscimo, nos últimos anos, das publicações científicas das
universidades portuguesas e o aumento do seu prestígio internacional e nacional (sobretudo
junto da indústria portuguesa).
Os investigadores e alunos, ligados particularmente às engenharias, referem que as revistas do
IEEE apresentam um fator de impacto consideravelmente elevado, sendo que as revistas
cientificas são uma ferramenta essencial no trabalho diário de um investigador em Portugal.
Uma ferramenta incompleta e insuficiente conduz segundo os investigadores sempre a um
trabalho de qualidade inferior e como tal em desvantagem face a investigadores de outros
países.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S.
Exª A Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte
Pergunta, para que o Ministério da Educação e Ciência, me possa prestar os seguintes
esclarecimentos:
1- Existe algum estudo de avaliação do impacto da b-on na comunidade científica e académica
portuguesa?
2- Confirma esse Ministério que desde de 2004, início do lançamento da b-on, aumentaram o
número de publicações científicas, sobretudo pelas universidades portuguesas?
3- Quantos utilizadores acedem mensalmente à Biblioteca do Conhecimento Online?
4- Quantos downloads são efetuados mensalmente da b-on por áreas científicas e académicas?
5- Qual o valor pago pela FCCN às editoras com protocolo até 2011? Qual o valor que a FCCN
poupou com a renegociação dos contratos?
6- De quanto foi o aumento incomportável dos custos relacionados com as publicações do
IEEE? Este aumento verificou-se também com outros editores?
6 DE FEVEREIRO DE 2013
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