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II SÉRIE-B — NÚMERO 53

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A Rentipar

A Rentipar foi constituída em 11 de abril de 1999. Era a holding pessoal do Comendador Horácio Roque (HR)

e foi a principal accionista do BANIF até 2010.

Fernando Inverno foi membro do Conselho de Administração desde o início. Em 2010 assume o cargo de

Presidente do Conselho de Administração, onde permanece até maio de 2013, ano em que Teresa Roque (filha

mais velha de Horácio Roque) assume o comando.

Desde 2007 ficou sujeita à supervisão do Banco de Portugal, por ter sido considerada uma companhia

financeira.

Foi dito por depoentes na CPIBANIF, nomeadamente Fernando Inverno, que a Rentipar nunca distribui

dividendos, reinvestia no grupo e tinha 3 holdings, a financeira, a industrial e investimentos.

Ao longo dos anos, a Rentipar investiu cerca de 500M€, da seguinte forma:

– 425M€ foram investidos durante os 24 anos de existência do BANIF, até á data do apoio público

– 75M€ foram investidos através da Açoreana Seguros no âmbito da operação de recapitalização.

Foi declarada insolvente em 12 de janeiro de 2016.

Na denúncia remetida ao DIAP, lê-se “tendo-se visto sem o seu principal ativo, ou seja a atividade do Banif,

a Rentipar Investment, foi declarada insolvente”.

Na base desta denúncia está a suspeita de que quando foi aprovada a prorrogação do prazo de maturidade

do empréstimo obrigacionista de 2013, já era conhecida a situação de carência em que o Banif se encontrava.

Para o investidor queixoso, as circunstâncias descritas representam crimes de abuso de informação e

manipulação de mercado. Nesta denúncia são indicados como testemunhas, o ex. governador do BdP Dr.Vítor

Constâncio, a ex. MF Maria Luís Albuquerque e o Ex-presidente executivo do BANIF Dr. Jorge Tomé.

A Expansão do BANIF – A força de acreditar

No final da década de 80 a Auto – Industrial (empresa líder no mercado automóvel), alarga o financiamento

a automóveis cuja venda não fosse promovida pelas empresas do grupo, é assim que surge a Técnicar

Automóveis SA sob a forma de vendas a prestações, que em 1990 se transforma em Sociedade Financeira de

Aquisição de Crédito – SFAC e adotou a designação de Técnicrédito – Financiamento de Aquisições a Crédito

SA.

Neste mesmo ano, o BPA (na altura o maior grupo financeiro de capitais privados) adquire 50% da empresa,

6 anos mais tarde, o BCP adquire o BPA, e assume a designação BCP/BPA. È ainda nesta data que o BANIF

compra o BCA (Banco Comercial dos Açores, que vem com Companhia de Seguros Açoreana). Entretanto o

BPA vende á Auto Industrial a participação que detinha na Técnicrédito.

É no início de 1997 que nasce aa Técnicrédito SGPS, SA, que passa a deter 100% do capital social da

Técnicrédito SFAC, que por sua vez, é detida a 85% pelo grupo Auto Industrial e os restantes 15% nas mãos

dos administradores.

1999 é o ano em que o grupo português BANIF adquire uma posição estratégica no Banco Primus, banco

de investimento no mercado Brasileiro – é o primeiro passo para a internacionalização. São adquiridos 75% do

capital deste banco, que era uma instituição especializada no sector dos investimentos localizada no Rio de

Janeiro.

É o Dr. Jorge Tomé, que em março deste ano na CPI BANIF se refere ao Banif Brasil como” filme de terror”

e “absolutamente explosivo”.

O Banif Brasil era uma das subsidiárias, do BANIF identificada para venda no âmbito da reestruturação. Um

dos seus executivos (Alan Toledo) foi detido no Brasil por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais,

e a este respeito refere Jorge Tomé que “ há vários processos em curso”.

A PWC alertou para o facto de as investigações no Brasil relacionadas com a “Operação Lava Jacto” e “Porto

Vitória“ estarem factores de risco para o BANIF.

Em junho de 2000, conclui-se o processo de incorporação do BPA no BCP que durou cerca de 5 anos

(1995/2000).

Em dezembro de 2000, o Banif Grupo Financeiro constitui o Banif Banco de Investimento com três áreas de

negócio: capital Markets; investments management;advisory services end Banking. Trata-se de um passo

importante para a internacionalização do Banco, com a constituição de instituição de crédito na Hungria. È neste

mesmo ano que o BdP aprova a transformação da Técnicrédito em Banco Mais, que inicia assim a aposta no