O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

21 DE JULHO DE 2018

3

VOTO N.º 601/XIII (3.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE LAURA SOVERAL (*)

Foi com profundo pesar que a Assembleia da República tomou conhecimento do falecimento da atriz Laura

Soveral, cuja longa carreira acompanhou a trajetória do teatro, do cinema e da televisão portuguesa desde a

década de 1960.

Laura Soveral, nascida em Benguela, Angola, em 1933, iniciou-se no teatro e logo depois na televisão, em

Lisboa, para onde viajou em 1962, ingressando no Conservatório e no Curso de Filologia Germânica da

Faculdade de Letras. Estreou-se nos palcos portugueses em 1963 com o Grupo Cénico e no mesmo ano, na

RTP, em O Homem Multiplicado, peça sobre Fernando Pessoa, com realização de Herlânder Peyroteo.

A atriz deixou a sua marca nos filmes, no teatro e na televisão, com uma diversidade enorme no número de

realizadores com quem trabalhou. Foi em Laura Soveral que os nossos cineastas pensaram quando quiseram

que o cinema português fosse moderno, marcando de forma fundamental a sua presença em “Uma Abelha na

Chuva”, de Fernando Lopes e em “Tabu”, de Miguel Gomes, mas também em “Francisca” ou “Vale Abraão”, de

Manoel de Oliveira, ou em obras de, entre outros, José Fonseca e Costa, José Álvaro Morais, João Botelho e

Teresa Villaverde.

Na televisão, também fez teatro e declamou poemas no programa “Hospital das Letras”, de David Mourão-

Ferreira. Tornou-se mais tarde presença regular em séries televisivas e telenovelas, entre as quais “Chuva na

Areia”.

Em teatro, trabalhou com quase todas as principais companhias, ficando na memória as suas interpretações

de textos de Kafka e de Arthur Miller com o Grupo de Ação Teatral, no Teatro Villaret, em 1970/71. A sua

versatilidade ficara logo assinalada na temporada 1968/69, quando venceu o Prémio de Melhor Atriz de Cinema,

do SNI, o Prémio Bordalo e o Prémio da Imprensa, na categoria Teatro. Já em 2013, recebeu o Prémio Sophia

de Carreira, atribuído pela Academia Portuguesa de Cinema e, em 2016, o Prémio Bárbara Virgínia.

Reunidos em Sessão Plenária, os Deputados à Assembleia da República manifestam à família e amigos de

Laura Soveral o mais sentido pesar pelo seu desaparecimento.

Palácio de São Bento, 16 de julho de 2018.

O autor: Pedro Delgado Alves (PS).

(*) O voto foi retirado a pedido do autor.

———

VOTO N.º 602/XIII (3.ª)

DE LOUVOR AOS ATLETAS RICARDO CUNHA E LARA MACHADO

Apesar das enormes contrariedades que a vida lhe colocou no caminho, o atleta Ricardo Cunha, da União

de Freguesias de Escariz, concelho de Vila Verde é, diariamente, um exemplo de luta, integridade, coragem e

superação individual. Recentemente, integrado na Seleção Nacional que disputou os Europeen Transplant and

Dialysis Sports Championships, que decorreram na cidade de Cagliari, Itália, entre os dias 17 a 24 de junho,

conquistou o primeiro lugar nos 5000m, na disciplina de marcha, dois segundos lugares, nas disciplinas de

maratona e ténis de mesa pares e, ainda, um terceiro lugar em ténis de mesa individual.

Ricardo Cunha é insuficiente renal crónico desde 2001, por nefrite, em tratamento com diálise peritoneal e

encontra-se, ainda, em lista de espera para a realização de transplante renal, no Hospital de Santo António,

Porto.