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II SÉRIE-B — NÚMERO 59

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3) António Rodrigues Sampaio

António Rodrigues Sampaio nasceu em São Bartolomeu do Mar, a 25 de julho de 1806 e faleceu em Sintra

a 13 de setembro de 1882, foi um jornalista e político português que, entre outras funções, foi Deputado, par do

Reino, ministro e presidente do Conselho (chefe de Governo).

Rodrigues Sampaio foi um dos maiores vultos do liberalismo português de oitocentos, jornalista ímpar e

parlamentar de exceção. Personalidade controversa, polémica, mesmo revolucionária, mas sempre coerente e

fiel aos seus princípios e desígnios, foi um agitador de renome nacional, o que lhe valeria a alcunha de o Sampaio

da Revolução, já que se notabilizou como redator principal do periódico «A Revolução de Setembro».

Eraum jornalista de causas, não de notícias, como aliás era o jornalismo do século XIX. Apesar da violência

verbal e da forma assertiva que sempre utilizou nos seus ataques políticos, Rodrigues Sampaio nunca promoveu

o ataque adhominem.

Mesmo quando os seus correligionários lhe pediram que pusesse em causa a dignidade e honradez de D.

Maria II e da Corte, negou-se terminantemente, escrevendo que um antro de corrupção política não faria da

Corte um lugar de devassidão moral.

Foi esta postura de grande escrúpulo, associado a um incansável labor na defesa dos valores pelos quais

pugnava, que lhe concede um lugar cimeiro no jornalismo político português.

Notabilizou-se pela difusão do ensino primário em Portugal e a construção de escolas, bem como a atribuição

de subsídios a alunos.

António Rodrigues Sampaio foi o responsável pelo Código de 1878, em que o Reino de Portugal e Algarves

e as ilhas adjacentes passaram a dividir-se em distritos, os distritos em concelhos e os concelhos em paróquias.

A paróquia passou a fazer parte da organização da administração pública e a junta da paróquia constituída por

cinco elementos eleitos. Inicia-se aqui a «proximidade entre os níveis, de decisão e os cidadãos, fomentando a

descentralização administrativa e reforçando o papel do Poder Local como vetor estratégico de

desenvolvimento»; (eixo 1 Lei n.º 11-A/2013). Tem um Agrupamento de Escolas, um Fórum com o seu nome no

concelho e a praça principal da cidade de Esposende.

4) Equipamentos Sociais

Centro Social da Juventude Mar

O Centro Social da Juventude de Mar foi fundado em 2 de junho de 1975, por um grupo de jovens imbuídos

do espírito saído da revolução dos cravos, tendo como objetivos concretizar os anseios próprios da juventude.

Daí as várias vertentes que assumiu: cultural, recreativa e desportiva que foram marcando a vida da associação

que, inicialmente, se designou Juventude Desportiva e Cultural de Mar.

Na década de oitenta, e na impossibilidade da então Junta de Freguesia de Mar continuar a tutelar o Jardim

de Infância de Mar, este passa para a gestão da Juventude de Mar, que ao abraçar a causa social, implicou a

alteração da designação para «Centro Social da Juventude de Mar», bem como a mudança de estatutos.

A história desta instituição que foi «pioneira e uma referência para as boas práticas associativas» ao nível do

concelho, passa por vários vetores, a saber: área social, com creche, Jardim e ATL; área desportiva com o

andebol feminino federado a competir na 1.ª divisão nacional e com atletas nas seleções; e, na cultura, através

das várias publicações ligadas à freguesia, com destaque para «As Memórias de S Bartolomeu do Mar», publica

o jornal mais antigo do concelho, o «Brisa de Mar».

Ao longo dos anos a instituição cimentou-se nas várias vertentes, sendo hoje uma «referência cultural,

desportiva e social» não apenas ao nível do concelho como da região. É inegável a marca da instituição na vida

das pessoas, não apenas pela valorização das próprias pessoas como pelos valores culturais que tem

proporcionado à comunidade.

5) Habilitações literárias da população

A população de Mar apesar de humilde sempre incentivou as suas gentes a prosseguirem os estudos. Raros

são aqueles que com 80 e mais anos não frequentaram o ensino primário e que não saibam ler e escrever.

Desde a década de 30 do século XX que a freguesia teve ensino primário. O primeiro edifício construído para

essa finalidade entrou em funcionamento em 1944. Desde 1950 a 31 de dezembro de 2007, concluíram o ensino

superior 95 habitantes desta freguesia.