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27 DE JULHO DE 2018

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6) Resultados eleitorais nas Beições Autárquicas de 1 de outubro de 2017

O Movimento Partido da Terra concorreu às eleições autárquicas à Assembleia da União de Freguesias de

Belinho e Mar, só com eleitores da extinta freguesia de Mar. O principal objetivo passava pela desagregação

das freguesias para assim continuar o ritmo de desenvolvimento humano, desenvolvimento sustentável e

proximidade a que esta freguesia estava habituada. Na mesa de voto correspondente à extinta freguesia de Mar

dos 673 votantes, o MPT obteve 356 votos (52,89%), o PSD 239 votos (35,51%), e a CDU 46 votos (6,84%).

Facto que só por si demonstra a vontade de a população querer que a sua freguesia volte a ser o que era.

Conclusão

A identidade de um povo está na sua cultura, está nos seus mitos, nos seus símbolos, nos seus ritos, nas

suas crenças, nos seus conhecimentos e nos seus comportamentos. Está nas batalhas que foram ganhas ao

longo dos tempos e nas aprendizagens que se fizeram com as que se perderam, (eixo 1 e eixo 4).

Neste momento com a agregação de freguesias, S Bartolomeu do Mar corre sérios riscos de perder todo

este património que tem preservado e promovido. O não sentir as nossas crenças e os nossos ritos com a

mesma intensidade pode homogeneizar as culturas locais. Não valorizar os nossos equipamentos, não dar voz

a quem conhece a história, não perpetuar os marenses que serviram o país ao mais alto nível, não ter qualquer

relação afetiva com S Bartolomeu, o facto de ter menos habitantes que Belinho, vai enfraquecer a nossa

identidade e das gerações que se seguem.

Estes são pressupostos para se acabar com Uma comunidade ímpar de Portugal tanto ao nível etnográfico

como cultural, social e desportivo. Uma comunidade que é referenciada como exemplo a seguir nas boas

práticas.

Portanto, conhecer e valorizar a nossa cultura são autoafirmações do que somos e que em breve serão

diluídas. Só por isso o eixo um e o eixo quatro deixam de fazer sentido para a freguesia de Mar, que deixou de

ter voz naquilo a que chamamos democracia, a proximidade transformou-se em distância.

Esta estrutura administrativa, União de Freguesias não corresponde às necessidades da nossa população.

Em termos de eficiência e afetação de recursos públicos, nos últimos quatro anos, não se verificou qualquer

potenciação, (eixo 2).

A melhoria do serviço público significa que não haja, insatisfações e reclamações dos utentes. Atualmente,

em Mar, e porque o Presidente da Junta acumula duas freguesias, não é fácil estar com o Presidente da Junta.

O serviço público para ter qualidade e ser eficiente tem de ouvir o cidadão em relação às suas necessidades,

satisfações, expectativas e preferências, até porque, as suas ideias são importantes para o desenvolvimento,

(eixo 3)

Atendendo às diferenças e visões discrepantes das duas freguesias que entretanto agregaram não se

deslumbram vocações produtivas e vantagens competitivas território, até porque em termos sociais as

disparidades não se verificam. Como tal o eixo 5 não faz qualquer sentido para este território.

Por tudo o que foi aqui exposto, os habitantes e amigos da extinta freguesia de Mar consideram não haver

qualquer ligação quer histórica, quer patrimonial e mesmo etnográfica com a de Belinho.

S. Bartolomeu do Mar tem um modo muito próprio de viver os seus usos e tradições que não são as mesmas

da freguesia de Belinho. Como todos sabemos, havendo um número de eleitores superior em Belinho, nunca

será viável a Mar chegar à presidência do executivo e zelar pela sua história e pela história de Portugal. Vão se

perder tradições próprias de uma só freguesia que não são as de duas freguesias.

Podemos ainda justificar este apego às nossas tradições pelo facto de a nossa densidade populacional ser

de 465.3 hab/km2e a de Belinho ser apenas de 272.5 hab/km2.

Assim sendo, os abaixo assinados manifestam, desta forma, para que a assembleia da República permita a

desagregação da freguesia de Mar desta união de freguesias anulando assim reorganização administrativa do

território da Lei n.º 11-A/2013.

Data de entrada na AR: 29 de maio de 2018.

O primeiro subscritor, Paula Cristina Fonseca de Abreu Cepa.

Nota: — Desta petição foram subscritores 1245 cidadãos.

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