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significativamente a sua posição devedora para 10.200 milhões de euros,

sendo a parte mais relevante, cerca de 3.400 milhões de euros,

correspondentes a depósitos efetuados pelo Banco Nacional de Angola

(BNA) no BES de Londres.

O BES, ao longo do tempo, quando lhe foi solicitado, ia justificando o

investimento em dívida pública angolana com os níveis de rendibilidade

satisfatórios e com o facto de o seu rendimento beneficiar da lei fiscal da

altura, assim como com motivações políticas fortes, conforme mencionado

no relatório Costa Pinto.

Para o BES os riscos do BESA deter títulos de dívida pública angolana eram

essencialmente os riscos de mercado.

A 1 de abril de 2011 Amílcar Morais Pires, do CA do BES, reuniu com o BdP

para discutir a liquidez do GBES. Amílcar Morais Pires mostrou preocupação

quanto aos recursos do banco e referiu que a mesma se prendia sobretudo

com a manutenção dos recursos captados ao BNA.

À data praticamente todos os certificados de depósito emitidos pelo BES

Londres eram do BNA e os recursos captados aplicados no BESA, onde a

grande parte era depois investida em dívida pública angolana. Morais Pires

nesta reunião quis alertar para a possibilidade de o BNA não renovar os

recursos depositados o que iria implicar abortar esta operação com Angola

e expor o BES a um risco de incompatibilidades de maturidades. Nesta

altura os recursos do BNA no BES já eram bem diferentes do investimento

do BESA em dívida pública angolana. Desde 2009 que os recursos do BNA

caiam no BES, para no final de 2013 já quase não terem expressão.

Outro problema do BESA foi o crédito, que duplicou entre o final de 2007 e

o final de 2008, acompanhado da manutenção de um modelo que se

baseava no financiamento junto do BES, ao invés de captação de depósitos

em Angola, conforme fizeram outras instituições de crédito portuguesas em

II SÉRIE-B — NÚMERO 8 ______________________________________________________________________________________________________

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