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II SÉRIE-B — NÚMERO 21

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implantação de quatro projetos turísticos (aparthotéis, aldeamentos,…). Ao todo são cerca de 600 fogos, entre

moradias e prédios de apartamentos com dois e três pisos, e mais de 1800 camas para uma aldeia que, à data

do Censos 2011, tinha 337 habitantes e 205 habitações! Quem conhece a Aldeia do Meco há vários anos sabe

o quanto mudou. Tem sido enorme a pressão de diversas entidades com vista à construção de grandes

empreendimentos imobiliários. Até à data têm-se conseguido evitar esses projetos e a aldeia tem crescido de

uma forma mais equilibrada e sustentável, com a construção de habitações unifamiliares e, mais recentemente,

de pequenos condomínios que não alteram significativamente as características demográficas, paisagísticas,

ambientais e socioeconómicas desta zona que – recorde-se – se encontra integrada no Sítio de Interesse

Comunitário (SIC) Arrábida/Espichel. Essa realidade parece estar prestes a mudar. Junto à aldeia, a caminho

da praia das Bicas, de ambos os lados da estrada, existem matas com áreas significativas, que alternam zonas

de pinheiro manso e bravo, sobreiros espontâneos com vegetação rasteira típica da região da Arrábida e

Espichel. Casos da Mata dos Cardosos e da Mata do Rio da Prata, zonas preservadas até hoje. Neste momento,

para essa área, existem pelo menos três projetos imobiliários em diferentes fases de licenciamento, que visam

a implantação de unidades turísticas de grandes dimensões Na Mata dos Cardosos já existem movimentações

no terreno com vista à vedação da propriedade. A empresa Turimeco pretende aí implantar o aparthotel Pinhal

do Atlântico, que consiste em 23 prédios de 3 pisos, que perfazem 411 unidades de alojamento com capacidade

para 1168 camas; edifício de receção com SPA, três restaurantes, piscinas, bares, campos de jogos, parque

infantil, espaços comerciais… Mas há outros projetos previstos para toda esta zona: Aldeamento Turístico Pinhal

da Prata – mais um projeto da Turimeco, este com 95 fogos, 53 apartamentos em prédios de 2 pisos e 42

moradias, totalizando 360 camas, localizado no Pinhal do Rio da Prata; Empreendimento turístico na rua do

Casalinho – 58 fogos previstos, dos quais 50 inseridos em prédios de apartamentos e 8 moradias, que totalizam

212 camas; À saída da aldeia, em direção ao Cabo Espichel, anuncia-se a construção do Empreendimento

MecoMar – 36 unidades de alojamento, cerca de 92 camas. A magnitude destes projetos, caso se concretizem,

representará uma aberração ambiental. Quando tanto se fala, e bem, no problema das alterações climáticas,

onde ficam as preocupações ambientais e paisagísticas com empreendimentos desta dimensão? A sua

construção terá um impacto brutal na conservação da biodiversidade, ao nível da poluição do ar e do ruído, bem

como na impermeabilização dos solos, produção de resíduos urbanos, e sobre os recursos hídricos já de si

escassos durante o verão. Tudo isto sem falar no estrangulamento dos acessos e do estacionamento já difíceis

hoje em dia. Onde irão estacionar todos os veículos dos ocupantes dos empreendimentos quando as pessoas

se deslocarem à aldeia para fazer compras ou tomar uma refeição? Que espaços restam à população para

passear, fazer piqueniques em família, andar de bicicleta ou apenas espairecer e gozar da qualidade de vida de

que até à data sempre dispuseram? Um dado parece evidente: A Aldeia do Meco não tem escala para projetos

desta envergadura! Construir blocos de apartamentos em pacatas zonas de moradias constitui um desfigurar da

identidade natural do território que não tem retrocesso. Urge respeitar o enquadramento paisagístico da zona

envolvente e evitar o elevado custo ambiental que os empreendimentos supracitados terão. É neste sentido que

se apela ao vosso apoio, esperando que juntos consigamos evitar este descalabro ambiental.

Data de entrada na Assembleia da República: 23 de novembro de 2021.

Primeiro peticionário: Luiz Manuel Fonseca Miranda.

Nota: Desta petição foram subscritores 4051 cidadãos.

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PETIÇÃO N.º 341/XIV/3.ª

MANTER O PARQUE DE CAMPISMO DA GALÉ

Após a venda do Parque de Campismo da Galé em Melides, vimos por este meio solicitar à nova

administração e às entidades identificadas como destinatários desta petição (Câmara Municipal de Grândola;

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