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II SÉRIE-B — NÚMERO 57

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Ferreira — Firmino Marques — João Montenegro — Paulo Rios de Oliveira — Pedro Melo Lopes — Maria Emília

Apolinário — Rui Vilar — António Topa Gomes — Helga Correia — Paula Cardoso — Ricardo Sousa — Rui

Cruz.

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PROJETO DE VOTO N.º 233/XV/1.ª

DE CONDENAÇÃO À POSTURA E ATUAÇÃO DA EXTREMA-ESQUERDA PERUANA NO CONFLITO

POLÍTICO INSTALADO NAQUELE PAÍS SUL-AMERICANO

O Peru vê-se confrontado de algum tempo a esta parte com um cenário de forte instabilidade política após o

falhanço e acusação de golpe de Estado por parte do seu ex-Presidente Pedro Castillo, circunstância que ditou

a sua destituição pelo Parlamento e que conduziu o país a uma situação limite em que as suas ruas permanecem

cheias manifestantes em luta por um país melhor.

Como principal demanda dos manifestantes encontra-se o assinalar do descontentamento geral com a

situação vivida no seu país, a forma como funcionam várias das suas Instituições, em especial, o Congresso da

República, e uma outra que ainda que tenha alguma contramanifestação de menor expressão, anseia pela

convocação de novas eleições.

Porém, a par das manifestações acima mencionadas de luta pelo regresso da normalidade ao Peru e

dignificação do seu Estado de direito democrático, segundo veiculado um pouco por toda a imprensa

internacional, surgem simultaneamente algumas mobilizações violentas aparentemente orquestradas e com o

intuito de não ajudar à pacificação do ambiente político peruano, mobilizações essas alegadamente identificadas

com os partidos de extrema-esquerda e esquerda radicalizada do Peru.

Segundo algumas destas publicações, os grupos que fomentam a mencionada conflitualidade social

crescente, prestam apoio a Vladimir Cerrón, líder do partido de extrema-esquerda «PéruLibre», a Guillermo

Bermejo, antigo dirigente desta mesma força política e, por outro lado, à linha política de Antauro Humala, antigo

oficial militar e também ele um líder ultranacionalista1.

Fosse necessária uma prova cabal de que esta mesma ideia de orquestração de conflitualidade é já

entendimento comum na sociedade peruana, ela chegaria a 15 de dezembro de 2022, em espaço de opinião no

«El Montonero» – o primeiro portal de opinião do Peru – onde Manuel Gago assinou um artigo de opinião dando

conta de que a extrema-esquerda havia de facto declarado guerra ao Peru, considerando que, e cita-se. «En

este espacio, en innumerables ocasiones, señalamos que Castillo no dejaría dócilmente el poder. La extrema

izquierda no hace otra cosa que cumplir a pie juntillas sus lineamientos; esto es, llevar a extremos las

contradicciones políticas, desarrollar al máximo la convulsión social y detener el desarrollo económico»2.

Pelo exposto, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República vem, assim, manifestar a sua mais

profunda e severa condenação ao comportamento do Presidente da Assembleia da República por não pautar a

sua conduta institucional com a imparcialidade e a isenção exigíveis ao exercício do cargo.

Palácio de São Bento, 12 de janeiro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo — Gabriel

Mithá — Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto — Rita

Matias — Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

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1 https://www.dw.com/es/manifestaciones-orquestadas-buscan-promover-el-caos-en-per%C3%BA/a-64125505. 2 https://elmontonero.pe/columnas/extrema-izquierda-le-declara-la-guerra-a-peru.