O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 13

6

que formou.

Neste momento de enorme perda para a cultura portuguesa, a Assembleia da República manifesta o seu

mais profundo pesar pelo falecimento de Carlos Avilez, endereçando à família e amigos as mais sinceras e

sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 23 de novembro de 2023.

Os Deputados do PSD: Joaquim Miranda Sarmento — João Dias Coelho — Alexandre Poço — Tiago Moreira

de Sá — Maria Emília Apolinário — Alexandre Simões — Isabel Meireles — António Topa Gomes — António

Maló de Abreu — António Prôa — Lina Lopes — Fátima Ramos — Paulo Mota Pinto — Carlos Eduardo Reis —

André Marques — Carla Madureira — Dinis Ramos — Fernanda Velez — Guilherme Almeida — Inês Barroso

— João Prata — Cláudia André — Cristiana Ferreira — Firmino Marques — João Montenegro — Paulo Rios de

Oliveira — Pedro Melo Lopes — Rui Vilar — Pedro Roque — Duarte Pacheco — Joana Barata Lopes — José

Silvano.

–——–

PROJETO DE VOTO N.º 507/XV/2.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE CARLOS AVILEZ

Faleceu no dia 22 de novembro, aos 88 anos, Carlos Vítor Machado, conhecido por Carlos Avilez, figura

maior do teatro nacional, que nos deixa um legado incontornável na arte da encenação e da formação de atores.

Estudante universitário de Matemática e Físico-Química, o fascínio pela magia do teatro que germina ainda

na infância por influência familiar faz nascer, aos 17 anos, Carlos Avilez.

Carlos Avilez estreou-se profissionalmente como ator em 1956 na Companhia Amélia Rey Colaço – Robles

Monteiro, onde permaneceu até 1963, quando passa a dedicar-se à encenação, onde deixa marca profunda,

estreando-se com a peça de teatro A Castro, de António Ferreira, destacando-se à época pelo seu cunho

inovador e audacioso.

Em 1965 funda, com outros artistas, como Maria do Céu Guerra, João Vasco e Zita Duarte, o Teatro

Experimental de Cascais (TEC), no Teatro Gil Vicente, tendo antes passado pela Sociedade Guilherme Cossoul,

o Teatro Experimental do Porto (TEP) e pelo CITAC – O Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra.

O TEC desenvolveu, ao longo dos seus 58 anos de existência, uma atividade contínua de pesquisa e

experimentação trabalhando obras de autores contemporâneos e clássicos, numa programação diversa e

variada. Aí, em 1993, emerge o projeto da Escola Profissional de Teatro de Cascais, por si fundada e da qual

foi diretor e docente, onde formará e inspirará centenas de profissionais.

Foram inúmeros os espetáculos que encenou, as companhias que integrou e dirigiu e os projetos artísticos

que protagonizou, tendo sido ainda Diretor do Teatro Nacional D. Maria II e do Teatro Nacional de S. João, bem

como Presidente do Instituto de Artes Cénicas. No exterior, destaca-se o seu trabalho em França, com Peter

Brook, e na Polónia, com Jerzi Grotowsky.

Ao longo da sua vida o seu trabalho foi objeto de reconhecimento, sendo agraciado, entre outros, com o grau

de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, com as Medalhas de Honra e Mérito Municipal da Câmara

Municipal de Cascais, de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e da Associação 25 de Abril e a

Medalha de Mérito Cultural da Vila de Óbidos.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pela morte de

Carlos Avilez, vulto incontornável da história do teatro português, destacando o seu percurso enquanto

pedagogo e encenador inovador e audacioso, cuja marca permanece e nos inspira, dirigindo as suas

condolências à família e amigos.