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6 DE SETEMBRO DE 2024

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PROJETO DE VOTO N.º 280/XVI/1.ª

DE CONDENAÇÃO PELO ATAQUE A CARRO ONDE SEGUIAM JORNALISTAS DA RTP ALVEJADO

PELAS FORÇAS ISRAELITAS AO ENTRAR NA CIDADE DE JENIN, NA CISJORDÂNIA

Segundo a RTP1, no passado dia 30 de agosto, o carro onde seguiam os seus enviados especiais a Gaza

foi alvejado pelas forças israelitas na cidade de Jenin, na Cisjordânia. A revista Visão2, que cita fonte da direção

da RTP, acrescenta que os jornalistas seguiam num carro alugado devidamente identificado como sendo da

imprensa.

Em direto na estação pública de televisão portuguesa, a partir de Telavive, o jornalista Paulo Jerónimo relatou

que as forças israelitas têm atuado sem precauções e que «disparam para tudo o que se tenta aproximar da

entrada na cidade» e quem tenta aceder «é afastado com disparos diretos». Os jornalistas portugueses

acrescentam também que, à semelhança do que aconteceu com o seu carro, também outro grupo de jornalistas

foi alvejado na mesma sexta-feira.

Este ato configura um atentado à liberdade de imprensa que deve ser sempre protegida e merece o total

repúdio por parte dos órgãos de soberania portugueses, ainda para mais quando se trata de um atentado contra

um órgão de informação que presta serviço público para Portugal.

Assim, a Assembleia da República condena veementemente o ataque das forças israelitas sobre os enviados

especiais da RTP Paulo Jerónimo e João Oliveira.

Assembleia da República, 2 de setembro de 2024.

Os Deputados do L: Isabel Mendes Lopes — Jorge Pinto — Paulo Muacho — Rui Tavares.

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PROJETO DE VOTO N.º 281/XVI/1.ª

DE CONDENAÇÃO PELO ATAQUE À EQUIPA DA RTP NA CISJORDÂNIA

Serve o presente voto para manifestar a mais firme condenação ao ataque sofrido pela equipa de jornalistas

da RTP, composta por Paulo Jerónimo e João Oliveira, que escapou por pouco aos tiros dirigidos contra o seu

veículo, enquanto realizavam a cobertura jornalística dos recentes desenvolvimentos na cidade de Jenin,

Cisjordânia, em 30 de agosto de 2024.

Este ato de violência contra cidadãos portugueses, que estavam no exercício do seu dever de informar o

público, é totalmente inaceitável e constitui uma afronta direta à segurança e aos direitos dos nossos

compatriotas no estrangeiro.

Este ataque contra jornalistas que estavam a desempenhar o seu dever de informar o público é, pois,

inaceitável e constitui uma grave violação do direito internacional humanitário que protege os profissionais de

comunicação social em zonas de conflito.

Efetivamente, a liberdade de imprensa é um pilar fundamental das sociedades democráticas e a tentativa de

silenciar ou intimidar jornalistas através de violência armada é uma afronta a este princípio essencial.

Portugal, através dos seus órgãos de soberania, tem o dever de proteger e defender os seus cidadãos,

especialmente aqueles que, em nome da liberdade de imprensa, colocam a sua vida em risco para levar a

informação ao mundo.

A Assembleia da República não pode ficar indiferente a este ataque que atinge diretamente a integridade

física dos nossos jornalistas e, por extensão, a própria soberania de Portugal.

Este ato merece a nossa mais veemente repulsa, exigindo que o Governo português adote todas as medidas

1 Carro da RTP alvejado em Jenin. Forças israelitas disparam contra «tudo o que mexe». 2 Visão | Governo em silêncio sobre ataque a RTP na Cisjordânia (visao.pt)