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17 DE FEVEREIRO DE 19%

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Inserido ainda na perspectiva da liberalização do mercado financeiro foi publicado o.Decreto-Lei n.° 231/94, de 14 de Setembro, que possibilita a emissão de divida de curto prazo — «papel comercial» —r por entidades não residentes e em moeda estrangeira.

Uma das medidas tomadas para a maior transparência do mercado passou pela obrigatoriedade das instituições de crédito divulgarem informações sobre taxas de juro e outros custos das operações de crédito, estabelecida através do Decreto-Lei n.° 220/94, de 23 de Agosto.

Em 1 de Novembro o Banco de Portugal reduziu de 17% para 2% o nivel exigido de reservas de caixa.

No último trimestre do ano foi alargada à dívida privada a aplicação da taxa liberatória de 20 % — até ai era de 25 % — que já se aplicava na tributação de rendimentos da divida pública.

A nivel do mercado secundário, para além da já citada criação do MEOG, outras medidas foram tomadas no sentido da melhoria de funcionamento dos mercados. Com efeitos a 1 de Junho de 1994, foi celebrado um acordo de especialização de mercados, entre as associações de Bolsas de Lisboa e do Porto, que transferiu para a BVL todas as operações no mercado a contado, tendo a BVP sido encarregue do mercado de operações a prazo. Esta Bolsa iniciou estudos para a criação de um mercado de produtos derivados financeiros (futuros e opções).

Prosseguiu, em 1994, o processo das privatizações, através da alienação, total ou parcial, quer das participações directamente detidas pelo Estado — na C1MPOR, BPSM, BPA e AGA —, quer de participações detidas por empresas de capitais públicos, como a RNIP, PARTEST e outras, em várias entidades — SECIL, BFE, CMP, etc.

O encaixe total foi de 188,1 milhões de contos, cabendo ao Estado 93,84 milhões de contos, que constituíram receita do FRDP.

As operações de alienação mais importantes realizaram-se ou por concurso público (BPSM, SECIL, CMP e AGA), totalizando 100,593 milhões de contos, ou por oferta pública de venda (OPV) em sessões especiais de bolsa (CIMPOR, Rodoviária da Estremadura, Bonança e BFE), num total de 68,98 milhões de contos.

Houve, no entanto, algumas por venda directa, em que se realizaram aproximadamente 18,5 milhões de contos, e das quais a mais importante foi a do BPA, que trouxe um encaixe ao Estado de cerca de 15,4 milhões de contos.

Mercado primário

A emissão bruta de valores mobiliários foi de 1845,4 milhões de contos em 1994, com um acréscimo de 8,64% em relação ao ano anterior.

Emissões em mercado primário

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fonte: Relatório Anual da Bolsa de Valores de Lisboa, 1994.