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29 | II Série C - Número: 029 | 20 de Julho de 2009

2.5. Os combustíveis A primeira certeza e garantia que se pode e deve ter em matéria de política dos combustíveis, é a inexorabilidade do seu futuro esgotamento.
Derivado desse facto e não só, poder-se-á afirmar, em termos gerais e tentando fazer um diagnóstico do sector energético, que se registou, tanto em Portugal, como na maior parte dos países europeus, uma evolução na estrutura do consumo da energia primária. Ou seja, como consequência dos vários choques petrolíferos, registaram-se efeitos de substituição nessa estrutura, por via dos quais o petróleo foi sendo gradual e progressivamente substituído por outras formas de energia: no caso português, pelo gás natural e pelo carvão e, no caso europeu, em média, por esses dois combustíveis e também pela energia nuclear. Aliás, esta diversificação no mix dos combustíveis é sempre altamente recomendável, sobretudo para casos como o do nosso País, pois em caso de falha de um dos sub-tipos de combustíveis ou em caso de um aumento excessivo de preços, será sempre possível dispor, alternativamente, de uma opção por outros combustíveis a preços que melhor possam satisfazer os nossos interesses e objectivos estratégicos.
Caberá, todavia, aqui a registar a manutenção de uma situação de forte dependência externa portuguesa, apesar desta diversificação recente das fontes, desde logo, por via da necessidade da importação do petróleo; Mas, também, hoje em dia, pelo gás natural, pelo carvão, pelo fuelóleo e, até, pela própria electricidade, que, de igual modo, continua a haver necessidade de adquirir no exterior – embora, neste último caso, os nossos índices de importação de energia eléctrica se mantenham como meramente residuais.
O único alívio possível - tanto para Portugal, como para outros países – relativamente a esta situação de forte dependência energética externa assenta numa aposta simultânea nos biocombustíveis e nas energias renováveis, a par de maiores níveis de eficiência energética, tanto mais que estas últimas nem sequer reclamam qualquer recurso a combustíveis para a sua produção energética tendo por isso custos de produção sempre fixos, contrariamente ao que sucede com os restantes combustíveis.