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32 | II Série C - Número: 029 | 20 de Julho de 2009

União Europeia passará dos actuais cerca de 50% do consumo total para cerca de 65%, até 2030.
Porém, esta problemática dos transportes tem também a montante, questões de desordenamento do território e de falta de estratégias urbanas, bem como a inexistência de um mercado de arrendamento, que permita a real mobilidade aos cidadãos. Algumas soluções práticas e imediatas se apresentam no entanto como viáveis face às situações de facto entretanto criadas, como, por exemplo, a taxação da circulação automóvel em função do número de passageiros que viajam num veículo. Refira-se, também, que algumas medidas já previstas para o sector dos transportes – mas, infelizmente, ainda não implementadas - poderiam vir a ser extremamente importantes. Basta atentar-se nas decorrentes da criação das Autoridades Metropolitanas de Transportes de Lisboa e Porto. Com o funcionamento pleno destas entidades, poder-se-ia obter uma redução de 5% do tráfego rodoviário individual, o qual passaria, por essa via, para os transportes colectivos. Isto não deve, contudo, obnubilar a necessidade premente de se continuar a investir fortemente na qualidade e no conforto dos transportes públicos, sem o que muito dificilmente se poderá atrair mais passageiros e levá-los a abdicar do uso do veículo particular. Também a interoperabilidade do transporte público ferroviário com o rodoviário se torna essencial, sobretudo nos médios e longos cursos – mas, também, nos percursos mais curtos ou pendulares -, em face da “vantagem” a priori de o transporte rodoviário particular poder deixar o cidadão imediatamente “à porta” do seu destino. Neste tocante é muito importante – uma vez mais, para tentar deslocar o cidadão do seu veículo privado para os transportes públicos – que aquela interoperabilidade se estabeleça, também, ao nível da articulação dos horários de funcionamento entre os vários modos de transporte público.
Ao nível do transporte de mercadorias, torna-se muito importante, hoje em dia, no nosso País, um retorno à opção ferroviária, a qual comporta impactos muito menos significativos em termos energéticos. Para isso, uma das medidas fundamentais a adoptar será a ligação do transporte ferroviário às plataformas logísticas.