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13 DE SETEMBRO DE 2019

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observável na figura 60, apresentava dois clusters distintos e não contíguos na faixa interior até ao Algarve, uma dinâmica distinta entre as regiões de AM Porto, Cávado, Ave, Tâmega e Sousa, a particularidade da AM Lisboa e um cluster inclusivo das restantes regiões da faixa litoral Centro e Norte.

Igualmente a merecer destaque, surge o facto que, sendo a distância a variável mais relevante do espaço das localizações, a contiguidade entre espaços físicos constitui um fator relevante na propagação do crescimento económico entre regiões. Porém, o progresso tecnológico e a transformação digital conduzem à perda de importância da contiguidade dos espaços como fator difusor de progresso, o que corresponde a um desafio de futuro.

(ii) Coesão – demografia, inclusão social,

saúde e educação, cultura e sociedade digital

Pudemos verificar que persistem assimetrias regionais entre as regiões portuguesas, o estudo desenvolvido permite identificar as regiões com melhor desempenho e as mais penalizadas ao nível da coesão, bem como assimilar os níveis de diversificação e homogeneidade de comportamentos entre regiões através de análise por clusters.

As regiões com melhor dinâmica demográfica correspondem à AM Lisboa, Cávado, Ave, AM Porto e Algarve, e os piores desempenhos apresentam-se no eixo interior que inclui o Alto Tâmega, Terras de Trás-os-Montes, Beiras e serra da Estrela, Beira Baixa e Alto Alentejo. De salientar que o referido eixo é contíguo com as províncias espanholas que registam piores comportamentos demográficos. Enfatiza-se, por opção metodológica, que a densidade populacional foi integrada na análise da subdimensão potencial humano associada à competitividade.

A tipificação da inclusão social ocorreu com base nas vertentes do rendimento, desemprego, encargos com habitação e criminalidade. Pretendeu-se observar as dimensões de vulnerabilidade associadas às situações de pobreza e exclusão social.

Genericamente, o comportamento de destaque na distribuição do ganho médio mensal corresponde à desigual repartição entre as regiões do litoral e do interior. O valor médio das pensões acompanha o comportamento dos rendimentos, sendo de registar os montantes mais baixos nas regiões do Alto Tâmega, Douro, Terras de Trás-os-Montes, Beiras e serra da Estrela, Baixo Alentejo, Alto Alentejo, Viseu

Dão-Lafões. A maior incidência de dependência de prestações sociais regista-se na AM do Porto, no Tâmega e Sousa, no Alto Alentejo e no Baixo Alentejo. De relevar que a dinâmica da economia social é mais expressiva nas regiões do Alentejo.

As regiões mais afetadas pela incidência do desemprego correspondem às regiões a norte do rio Douro, em contiguidade com o desempenho das regiões espanholas da Galiza e do Principado das Astúrias. Também se destacam os níveis de desemprego no Alto e no Baixo Alentejo. Por fim, regista-se que a taxa de emprego nacional está acima da média europeia, com a exceção das áreas rurais.

Os maiores encargos da habitação localizam-se nas AM de Lisboa e do Porto, no Algarve e em algumas capitais de distrito. Em contraponto, fora dos grandes centros, designadamente nas regiões de Trás-os-Montes, Alto Tâmega, Douro, Beira Baixa, Beiras e serra da Estrela, Alto Alentejo e Baixo Alentejo, as despesas das famílias com a habitação são menos significativas.

 Agregação de grupos homogéneos de

territórios no âmbito da Coesão, 2011 (Figura 5) Elaboração do próprio (análise de clusters com inclusão de todos os indicadores usados no âmbito da coesão)

No âmbito da criminalidade regista-se maior

incidência nas regiões mais urbanas, em particular no Algarve e nas AM de Lisboa e do Porto.

A saúde das populações refletida através dos indicadores que apresentam as taxas de mortalidade