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II SÉRIE-C — NÚMERO 18

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por tipologia de doenças e patologias, bem como através da esperança de vida, destacam as regiões do Alentejo, a Beira Baixa e a Lezíria do Tejo por apresentarem os piores resultados em termos de bem-estar físico e mental.

Ao nível da educação observam-se os piores níveis de escolarização no sul do País, sendo de destacar o melhor desempenho na faixa litoral norte do país. A sociedade digital na vertente do utilizador de computador, Internet e comércio eletrónico regista um melhor desempenho nas regiões AM Lisboa e Algarve. Relativamente aos congéneres europeus, Portugal regista um desempenho significativo na participação em redes sociais e uma menor aderência ao e-comerce.

 Agregação de grupos homogéneos de

territórios no âmbito da Coesão, 2017 (Figura 62) Elaboração do próprio

Quando analisada a evolução do progresso social

a nível europeu, segundo os últimos dados do «Social Progress Index», referente a 2016, a região do Alentejo regista o pior desempenho da Península Ibérica.

Para finalizar, a análise da coesão, através das suas componentes e conforme os retratos observados em períodos distintos, demonstra que a situação é multifacetada e mutável. Vejamos os resultados apurados através da análise estatística por clusters, que possibilitou agregar grupos homogéneos de regiões, com referência a 2011 e a 2017:

– de salientar as regiões que apresentam

dinâmicas de coesão territorial distintas de todas as restantes, nomeadamente a AM Lisboa e o Algarve;

– as duas regiões Alentejo Litoral e Baixo Alentejo apresentam um comportamento singular e com baixos níveis de coesão, tanto em 2011 como em 2017;

– analisando o espaço ocupado pelas restantes regiões, e comparando o ano de 2011 com 2017, observa-se uma alteração da distribuição da coesão territorial: em 2011 regista-se alguma homogeneidade espacial com a exceção do cluster AM Porto/Aveiro e Cávado e do cluster Alto Tâmega/Ave e Tâmega e Sousa. Porém, em 2017 passou a evidenciar-se uma dicotomia litoral/interior.

(iii)Sustentabilidade – conservação da

natureza e economia circular

A análise da sustentabilidade ocorreu nas vertentes da conservação da natureza e da economia circular. De destacar que o espaço é intrinsecamente portador de descontinuidades e fatores de atrito que se refletem no aproveitamento integral e sustentado dos recursos.

A fraca densidade e consistência dos indicadores desta dimensão ao nível das NUTS III condicionou a análise. Porém, ocorreu um esforço na tentativa de extrair informação, sendo de destacar:

– a conservação da natureza está associada às

áreas rurais, com exceção da região do Algarve, situação que decorre da sua paisagem protegida costeira, sendo também de relevar o impacto discricionário dos incêndios florestais nos territórios;

– no âmbito da economia circular, expresso através de indicadores associados ao consumo de energia e de água e à produção de resíduos, refira-se que o consumo doméstico nacional de recursos está acima da média da União Europeia, sendo porém de salientar a melhoria do desempenho nestes indicadores com o evoluir do tempo. O pior desempenho nesta temática regista-se no Algarve, associado à pressão turística, e no Alentejo Litoral, decorrente dos processos de transformação energética em Sines, sendo de salientar o melhor desempenho das regiões Tâmega e Sousa, Ave e Alto Minho.

Outros elementos significativos, contudo, não incluídos no cálculo do índice por limitações estatísticas, mas apresentados em figuras, correspondem aos impactos imediatos e potenciais do aumento da temperatura e da suscetibilidade dos