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4 | - Número: 003 | 11 de Outubro de 2008

eléctrica para o uso das novas tecnologias. Por fim, recordou as medidas adoptadas por Portugal na área das novas tecnologias e da juventude, destacando o «Programa e-escola», o «Programa e escolinha» e a informatização das escolas.
A Mesa n.º 2 debruçou-se sobre o papel dos jovens ibero-americanos na construção de sociedades mais igualitárias, sublinhando a importância que os mesmos desempenham na percepção e identificação dos problemas, bem como na formulação e desenvolvimento de soluções, tanto no quadro da sua participação legislativa, como na operacionalização das medidas ali adoptadas. De igual modo, os parlamentares reunidos nesta mesa de trabalho analisaram o afastamento dos jovens da vida política e dos processos eleitorais, afirmando a premência de promover, no seu seio, uma consciência e cultura cívica participativas.
Neste contexto, os representantes do Parlamento português nesta mesa de trabalho, cuja comissão redactora contou com a participação do Deputado João Oliveira, apresentaram propostas ao projecto de declaração final (cf. Declaração final do IV FPIA — Anexo III) (a), no sentido de ali ser incluída uma referência ao papel de ponto de referência ética que os políticos devem desempenhar, de forma a estimular a participação dos jovens na vida política. Estas propostas foram acolhidas com o maior interesse por parte de todos os participantes, tendo sido incorporadas na declaração final.
A Mesa n.º 3, presidida pelo Presidente da Assembleia da República, abordou a necessidade dos Estados ibero-americanos, no actual ambiente relacional internacional, desenvolverem quadros legislativos e disponibilizarem recursos económicos com o objectivo de permitir aos jovens optar por vias de ensino técnicoprofissionais que tenham saídas profissionais e que contribuam para um desenvolvimento sustentando e integrado das nossas sociedades. Paralelamente, foi destacada a importância dos actores empresariais desenvolverem, no seu meio, políticas de integração e formação de jovens, devendo os Estados potenciar estas políticas com incentivos fiscais.
Neste contexto, o Deputado José Cesário, do PSD, Vice-Presidente da DARFPIA, salientou a urgência de serem encontradas medidas reais de combate ao trabalho infantil e bem assim a necessidade de serem desenvolvidas políticas que promovam o empreendedorismo dos jovens do espaço ibero-americano, estratégia essencial para evitar a exclusão social e económica.

2.3. — Sessão de encerramento: A sessão de encerramento contou com as presenças do Presidente da Assembleia Legislativa de El Salvador, Ruben Orellana, com o Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama, do Presidente do Senado de Espanha, Javier Rojo, do Presidente da Câmara dos Deputados de Espanha, José Bono, e do SEGIB, Enrique Iglesias.
Após a leitura e aprovação da declaração final, a que foram anexados os documentos de trabalho aprovados nas Mesas de trabalho n.os 1 e 2, para além de uma proposta dos representantes do Parlamento cubano ao parágrafo 3 daquela declaração, usaram da palavra os Presidente das Cortes Espanholas.
Destacam-se, aqui, as palavras proferidas pelo Presidente José Bono, que, numa alusão à frase de Fernando Pessoa, afirmou «vemos o mundo do tamanho que somos e vemos o mundo do tamanho dos nossos partidos», terminando dizendo que «devemos reavaliar a nossa postura na política» (sic) para assim motivar e atrair os jovens.
O Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama, tendo saudado o seu homólogo salvadorenho pela organização do IV FPIA, começou por recordar os assinaláveis progressos alcançados no espaço iberoamericano, afirmando que aqui o campo de liberdade se ampliou de forma significativa, ao longo dos últimos anos. O reflexo destes progressos espelhavam, inter alia, a existência de uma imprensa cada vez mais livre e independente; o pluralismo político e religioso e a existência de governos responsáveis. Neste contexto, destacou que o radicalismo (político) deve ser evitado, sob pena de nos conduzir a situações anacrónicas.
De igual forma, sublinhou o crescimento económico positivo e contínuo atingido, de uma forma geral, pela América Latina nos últimos anos, sendo, pois, necessário apostar em medidas que mantenham esta dinâmica.
Considerou, ainda, que a relação entre a Europa e aquela região deve ser encarada e concretizada como uma via com dois sentidos, pois temos influências recíprocas e um património histórico e cultural comuns. Além disso, destacou ainda o facto de as línguas portuguesa e espanhola serem as 2.ª e 3.ª línguas de origem europeia com maior proeminência mundial, aspecto que deve ser valorizado e potenciado pelos parlamentares e governantes do espaço ibero-americano.