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4 | - Número: 027 | 29 de Abril de 2011

Tem que haver mais investigação. O sector do turismo tem que ser mais pró-activo, envolvendo a comunidade científica, as ONG, as autoridades europeias, nacionais, regionais e locais, no conhecimento das implicações das alterações climáticas sobre as decisões de investimento, os programas de marketing, as infraestruturas físicas. Devem planear-se respostas adequadas, que podem ser de mitigação, adaptação ou retirada.
Há que apostar nas tecnologias limpas, nas energias renováveis, preservar os ecossistemas.
O calor do Verão é a motivação número um do turismo de massas. Mas um elemento-chave da procura de férias é o grau de conforto no local de destino. A humidade, a precipitação, a temperatura (o conforto humano dificilmente se mantém com temperaturas superiores a 31 graus), o risco de doenças, tudo isto afecta o factor de conforto.
Quando se fala de alterações climáticas, apontam-se geralmente três efeitos até 2100:

— Subida das temperaturas até 5,8º, uma taxa sem precedentes nos últimos 10 000 anos; — Subida do nível da água do mar até 88 centímetros; — Catástrofes climáticas, tempestades, ciclones, dilúvios, tsunamis, incêndios, seca, etc.

Ou seja, o mapa turístico, tal como hoje o concebemos, irá sofrer profundas alterações.
Actualmente, os três grandes fluxos turísticos internacionais são:

— Da Europa do Norte para o Mediterrâneo, com 116 milhões de chegadas; — Da América do Norte para a Europa, com 23 milhões de chegadas; — Da Europa para a América do Norte, com 15 milhões de chegadas.

Iremos assistir ao emergir da China, da Índia, ou ao fluxo da Europa Ocidental para a Europa de Leste. Não será difícil prever que quase tudo irá mudar no cenário internacional. Como se costuma agora dizer: nada ficará como dantes! E uma atenção muito particular dever ser lançada sobre a evolução de certos produtos de natureza territorial, tais como:

— Regiões de montanha; — Ilhas tropicais; — Médio Oriente e Norte de África; — América do Sul; — África Subsahariana; — Austrália, Nova Zelândia e Ilhas do Pacífico.

Este panorama obriga à tomada de opções políticas no curto e no médio prazo:

Nas praias e nas zonas costeiras: — Proteger, acomodar ou retirar infra-estruturas turísticas existentes; — Ter em consideração que a construção de paredões de defesa da água do mar cria tantos problemas como aqueles que resolve, e destrói as belezas naturais e paisagísticas; — A construção de novas infra-estruturas turísticas deve ser feita afastada da linha de costa; — Reencher as praias com areia pode causar problemas no sítio de onde se tiram as areias; — Há que evitar o uso de areias do mar na indústria da construção, e isso implica alteração dos regulamentos de construção para introduzir outros tipos de materiais; — Há que evitar a degradação das barreiras de coral, essenciais para a protecção das ilhas de baixa altitude.

Nas regiões de montanha: — Deve aumentar-se o uso de neve artificial;