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14 | - Número: 028 | 6 de Maio de 2011

sistemas de transporte aéreo de grandes dimensões (C-130, C-17 e, num futuro próximo, A-400M) e formação em gestão de crises.
Nas áreas dos IED e das operações de busca e salvamento através de veículos aéreos não tripulados, a Agência Europeia de Defesa tem igualmente vários projectos em curso, tais como um laboratório ambulante para investigação sobre IED no Afeganistão, o desenvolvimento de um sistema marítimo de veículos aéreos não tripulados (UAV) e do projecto MIDCAS (sistema de anti-colisão em voo), o sistema ―sense and avoid‖ para UAV.
A educação e a formação em gestão de crises são particularmente importantes para as capacidades europeias de gestão de crises, fortemente marcadas pela abordagem civil e militar extensiva da Europa.
Uma área fundamental para o sucesso da investigação sobre a segurança é a área da normalização no sentido de assegurar a interoperabilidade das aplicações e dos sistemas que resultam destes projectos.
A segurança e a defesa têm necessidades comuns nesta área, numa Europa que continua fragmentada, com padrões nacionais, critérios e processos de avaliação para o desenvolvimento da prontidão operacional que variam entre os diferentes países, de acordo com a sua experiência particular, as doutrinas e as condições de utilização.
Do lado intergovernamental, a Agência Europeia de Defesa representa o contributo dos Estados-membros para o esforço comum de reforçar a I&T e a I&D em matéria de defesa na Europa. A Agência Europeia de Defesa, criada em 2004, destinava-se a dar o início de uma resposta à falta de uma política de investigação em matéria de defesa.
As estruturas existem ao nível nacional, mas o grande número de obstáculos é prejudicial para a coerência global necessária para que a União Europeia seja capaz de actuar como um multiplicador do poder dos Estados-membros ao nível internacional. As tentativas anteriores de criar algo semelhante a uma área de I&T e de I&D em matéria de defesa na Europa falharam e continuam a ser dificultadas pela NATO e pelos Estados-membros da UE.
As razões são diversas, desde a natureza sigilosa da investigação em áreas tão sensíveis como a energia nuclear, comunicações, munições, redes informáticas de comando e controlo (C2), ao proteccionismo económico, passando pelo direito de propriedade intelectual, vantagens comerciais para a exportação ou acordos (bilaterais e multilaterais) internacionais sobre a transferência de tecnologias de defesa.
A investigação sobre a defesa na Europa poderia ajudar a melhorar a interoperabilidade, e possivelmente até levar a uma maior homogeneidade entre o equipamento e as capacidades das forças armadas nacionais que fornecem a base para o "poder duro" da UE.
Uma vez que a investigação é a primeira fase em qualquer projecto ou programa na área das tecnologias e do equipamento de defesa, se fosse possível introduzir um grau de cooperação e de europeização no processo de capacidades, isto poderia conduzir a sinergias e a (muito necessárias) economias de escala.
Em Novembro de 2008, os estados membros que participam na Agência Europeia de Defesa adoptaram uma Estratégia para uma Investigação e Tecnologia de Defesa na Europa. Este documento define as bases para uma abordagem europeia comum no sentido de estimular a cooperação nesta área e reforçar a dualidade das tecnologias de segurança e defesa no sentido do ―continuum‖ da segurança e defesa.
Infelizmente, na prática, após três anos, a sua implementação continua a sofrer com a natureza fragmentada e dispersa da base industrial e tecnológica da segurança e defesa da Europa (ESDTIB) e com a crónica falta de fundos, bem como com o facto de que permanece concentrado num pequeno número de países e, por isso, beneficia somente um pequeno número de "campeões" da indústria e de estabelecimentos de investigação científica e tecnológica ao nível nacional. O maior problema, porém, é levantado pelo financiamento dessa estratégia no actual contexto de crise económica, com orçamentos para a defesa reduzidos e um aumento dos prazos para os actuais e futuros programas de modernização das forças armadas e de substituição de equipamento.
Quando se trata de escolhas orçamentais ao nível nacional, a interdependência e a especialização técnica só raramente são consideradas como opções viáveis a curto e médio prazo.
A concentração de recursos financeiros, humanos e de investigação num pequeno número de estados também é favorável à cooperação bilateral entre parceiros com um nível tecnológico comparável e capazes de investir fundos significativos, ou com parceiros escolhidos por razões puramente políticas.