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3 | - Número: 035 | 21 de Abril de 2012

participação da Deputada Maria da Conceição Pereira, Presidente da Delegação portuguesa à APM, na qualidade de relatora da III Comissão para o tema da Educação. Este tema é da maior importância pois está diretamente relacionado com a pobreza, a questão do género e a criação de emprego, que embora seja determinada por políticas nacionais podem ter parcerias ao nível das organizações regionais. Concluiu afirmando que o Mediterrâneo não é o mesmo de 2006, quando a APM foi constituída e, neste sentido, a presente reunião tem como objetivo a partilha de ideias de como a APM deve posicionar-se num futuro próximo.
De seguida, o Secretário-Geral da APM pediu os comentários de cada um dos presentes:

– Sr. T. Quba’a (Palestina) – a APM conquistou o reconhecimento de outras organizações internacionais e regionais do seu trabalho, das atividades que tem desenvolvido em prol da região mediterrânica. No contexto da Primavera Árabe há dois países que requerem a atenção da APM para que possam voltar a participar nas suas atividades, a saber: a Tunísia e o Egipto. Quanto à questão da representatividade junto dos diferentes fóruns internacionais há que aproveitar as presenças que cada membro da APM já terá junto dessas organizações. No atual contexto de contenção financeira é essencial, por um lado, escolher de forma cuidadosa essa representação para um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis e, por outro lado, que todos os parlamentos membros garantam o pagamento da respetiva quota anual.
– Sr. Francesco Amoruso (Itália), Presidente da II Comissão (Cooperação Económica, Social e Ambiental) – total concordância com as questões referidas pelo Sr. Quba’a (Palestina) relativamente ao empenho e representatividade da APM e quanto à questão do pagamento atempado da contribuição anual. Concordância também com representação da APM, nas reuniões de outras organizações, por cada Parlamento que aí já tenha um representante. A criação do Painel de Comércio Externo e Investimento, no âmbito da II Comissão, em Lisboa, lançou todo um conjunto de iniciativas que vêm adquirindo uma importância crescente. Da atividade dos vários Grupos de Trabalho integrados na II Comissão, destacam-se como áreas mais significativas a energia, o investimento e a segurança alimentar. Destaque para uma iniciativa que decorrerá em Itália, entre maio e junho, a desenvolver pelo Instituto Alimentar Mediterrânico e sobre o tema ―A dieta mediterrânica‖. A questão do emprego e da criação de postos de trabalho, tendo como enfoque a faixa mais jovem da população, são igualmente matérias em destaque na atividade da II Comissão e contam com o contributo da Universidade de Torino. A criação de infraestruturas e a modernização dos transportes marítimos não são objetivos fáceis de alcançar na região do sul do Mediterrâneo mas quando alcançados, em conjunto com a Primavera Árabe, em muito contribuirão para as bases de uma plataforma de desenvolvimento.
– Sr. Majallie Whbee (Israel) – no âmbito do trabalho desenvolvido pelos membros da APM deve pensar-se como ser mais eficiente nas iniciativas a desenvolver. Ao nível económico a região mediterrânica enfrenta grandes dificuldades. As alterações políticas também têm condicionado a direção dos países mediterrânicos, a mortalidade tem sido elevada e é necessário cessar essa tendência. As reais alterações, as duradouras, só foram alcançadas através de acordos e negociações e não através de batalhas e conflitos. A agenda política da APM deve ser muito clara, a participação noutros fóruns internacionais deve ser avaliada caso a caso dado pois determinadas situações pode ser uma perda de tempo e de recursos.
– Sr. Gilbert Roger (França) – a civilização nasceu na região mediterrânica e atualmente está em vias de renovação. A União Europeia olha para o que se passa no Mediterrâneo com algum receio, nomeadamente em países como o Egipto, a Líbia e a Tunísia, pelo que é importante acompanhar estas situações e obter a melhor informação. A APM não pode estar presente em todas as organizações pelo que é necessário concentrar-se no que será útil ao seu objetivo de partida – a Bacia do Mediterrâneo.
– Deputada Maria da Conceição Pereira (Portugal) – a primeira noção é que a APM está a trabalhar ao nível político, no entanto atualmente já evoluiu para um outro nível – económico. A APM não deve perder estes dois níveis pois ambos servem o povo, cujos representantes são membros desta organização. Vive-se uma nova era para os países árabes mas é também uma nova era para a União Europeia, nomeadamente no que se refere à conjuntura económica. As populações perdem proteção social e o desemprego aumenta. A APM pode ser uma plataforma política entre as regiões do norte e do sul do Mediterrâneo mas deve envolver também os problemas económicos, porque se as populações não tiverem condições económicas outros problemas virão. A energia é igualmente uma das matérias de futuro. Os parlamentares que participam na