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6 | - Número: 035 | 21 de Abril de 2012

– Sr. Robert Roger (França) – no âmbito da questão da Primavera Árabe é importante considerar a visão dos países europeus. Em França, por exemplo, a questão do desemprego, nomeadamente entre os jovens, toma proporções elevadas que vão além de barreiras físicas alcançando, também, barreiras intelectuais.

O Presidente da APM, Sr. Tarawneh, encerrou o debate concluindo que a Primavera Árabe contribuirá para um maior desenvolvimento não só da democracia mas também para um mais eficaz combate à corrupção.
Terminou a primeira parte da reunião com uma reflexão: Quem sabe se algum destes países poderá conquistar um lugar no grupo das economias emergentes.

A segunda parte da reunião centrou-se nas intervenções dos dois convidados especiais: o Embaixador Robert H. Serry (Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz do Médio Oriente e enviado do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Quarteto) e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Nasser Judeh.
Da intervenção do Embaixador H. Serry destacam-se os seguintes pontos:

– A visita de dois dias que o Secretário-Geral das Nações Unidas fará à Jordânia (31 de janeiro a 1 de fevereiro), confirma o papel da Jordânia no Processo de Paz do Médio Oriente; – O Quarteto estabeleceu muito claramente a não existência de provocações entre as partes, postura que deve ser assumida inequivocamente pelos intervenientes; – Este processo teve início em outubro de 2011 com um prazo de três meses para definir um acordo a cumprir por todas as partes, ou seja, janeiro de 2012. Todavia, o impasse é novamente o centro da questão pois Israel considera que só partir de janeiro é que se acordaram nos princípios base da negociação, pelo que só após essa data se deverão contar os três meses; – Cada uma das partes (Israel/Palestina) continua a afirmar que a outra não é séria. Se não se definir desde já um horizonte para a construção do Estado, isto significará, muito provavelmente, que não se conseguirá nunca atingir o objetivo pelo que este processo não serviu para nada. Se tal acontecer, devem temer-se as consequências; – Se por um lado Israel fez arrastar o processo, por outro lado os palestinianos devem levar a sério o processo de reconciliação; – A APM, enquanto organização parceira das Nações Unidas neste processo, deve continuar a desenvolver um papel de destaque acolhendo reuniões que permitem sentar as partes à mesma mesa.
A intervenção do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia começou por evidenciar o exemplo da Jordânia – é a prova de como as reformas podem ter origem no topo e as mudanças ocorrerem sem causarem o caos. Referiu que a paz no Médio Oriente será também a paz mundial, ou seja, a paz para a grande maioria dos países. A Jordânia, neste processo, não é um observador externo, é sim uma parte ativa e interessada em cada etapa. Concluiu afirmando que os prazos devem ser cumpridos mas o essencial é que se evolua e se concretizem os progressos.

Após as intervenções dos dois oradores especiais, o Presidente da APM deu oportunidade aos participantes da reunião para tecerem alguns comentários. O Sr. T. Quba’a (Palestina) defendeu a legitimação da resolução das Nações Unidas e afirmou que a responsabilidade não poderá ser apenas da divisão interna da Palestina (entre os partidos políticos) pois isso também acontece em qualquer outro país; o Sr. M. Whbee (Israel) disse que há questões que têm de se enfrentar, como o facto de o Hamas não reconhecer o Estado de Israel, se o Hamas reconhecesse a existência e a legitimidade do Estado de Israel todas as negociações teriam uma evolução diferente, neste processo é essencial o papel das Nações Unidas na procura de uma solução negociada; o Sr. G. Roger (França) reforçou a importância das negociações; o Sr. F. Amoruso (Itália) destacou a necessidade de se avançar através de passos úteis, que não repisem o passado, e sejam consolidados; a Sr.ª Deputada Maria da Conceição Pereira (Portugal) referiu que o conflito do Médio Oriente tem já uma longa história e a conquista da paz tem uma importância extrema, todos os países do mundo pretende esta paz, neste processo deve acentuar-se que cada um tem de dar algo e que não haverá vencidos nem vencedores.