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4 | - Número: 045 | 28 de Julho de 2012

Anexo

Sr. Presidente da GLOBE, LORD DEBEN, Sr. Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, EDUARDO PAES, Sr. Presidente da 1.ª Comissão de Ambiente do Senado do Brasil, ROLLEMBERG

Permitam-me que inicie a minha intervenção com uma citação da Presidenta Dilma Rousseff.
“O meio ambiente não ç um adereço faz parte da nova visão de inclusão e crescimento”.
Vinte anos depois da ECO 92 e quarenta anos depois de Estocolmo 72, estamos novamente num momento da história mundial, em que, nalguns continentes, tudo parece prestes a desmoronar-se.
As crises, sabemos, têm um lado positivo.
Em história geram sempre um caminho em frente.
O Professor Vieira de Almeida costumava dizer que viver e morrer não faz diferença, o pior é a transição.
Estamos, minhas senhoras e meus senhores, nessa transição.
Importante para percebermos o que se passa hoje é compreender como chegamos aqui.
E, depois, é necessário que tenhamos coragem. Coragem. Ter coragem não é uma qualidade, é uma consequência de ter convicções.
E a nossa grande convicção, que tudo pode mudar, é a de que a proteção do ambiente é um investimento necessário e útil e não um custo.
É triste pensar que a natureza fala e o mundo não a ouve – dizia Victor Hugo.
Então nós temos de ter a convicção de que o Homem faz parte da natureza e que ao agredi-la ao extremo está a destruir a raça humana.
Estamos no momento de transição e ou aproveitamos o momento ou podemos estar perto do ponto de não retorno.
Como responsáveis políticos temos uma especial responsabilidade no relançamento do desenvolvimento sustentável.
Descobrir um novo caminho. Um caminho que nos permita também a erradicação da pobreza e da miséria.
Todos temos consciência de que estamos a discutir o futuro da humanidade, mas a resposta global tem sido lenta, muito lenta.
Vinte anos depois de Estocolmo, a ECO 92, representou um salto importante, com a aprovação de três convenções internacionais: Convenção da Biodiversidade, Convenção de Combate à Desertificação e Convenção das Alterações Climáticas, a que acresceu um amplo roteiro para a sustentabilidade.
Passados dez anos, o Mundo voltou a reunir-se, no RIO+10, em Joanesburgo.
“Foi uma tentativa de soprar nas brasas. Mas as cinzas eram de tal ordem, que as chamas não despegaram” diz o Professor Mário Ruivo, presidente da CNADS. E continua este professor “Agora na RIO+20 parece que as pessoas estão a soprar para o lado”.

Minhas Senhoras e meus Senhores Hoje toda a gente fala em desenvolvimento sustentável. Parece que estamos a assistir agora a uma banalização que destrói o conceito.
Ainda assim, a RIO+20 pode e tem de trazer efeitos positivos, se conseguir estabelecer eficazmente o “triálogo”, entre governos, empresas e cidadãos.
Para além de que a agenda RIO+20 tem também um aspeto muito positivo que ç “a tentativa de conciliar justiça social com o ambiente e a economia”.
E se a Cimeira da RIO+20 não for um ponto de chegada, ela tem de ser um ponto de partida.
Num momento em que tudo parece apagado perante a crise económica, mobilizar a sociedade civil e manter a ideia do desenvolvimento sustentável à tona pode ser um dos principais trunfos da RIO+20.
Importante nesta altura é aproveitar as dialéticas para ver se, com a ajuda dos meios de comunicação social, continuam a flutuar Jangadas com algumas importantes Mensagens por este RIO acima.
Os parlamentares da GLOBE têm a responsabilidade de dirigir essas jangadas para que os governos dos nossos países nunca esqueçam que é preciso um Mundo melhor para todos.