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21 | - Número: 009 | 24 de Novembro de 2012

no imediato as questão dos refugiados. A Comunidade Internacional não tem dado a necessária atenção para toda esta questão. Continuou referindo que a outra questão a ser debatida nesta reunião prende-se com a crise da dívida na zona euro – a maior crise desde da Segunda Grande Guerra Mundial – que tem repercussões para todos os países da região, em especial na área do mediterrâneo. Esta crise leva a um aumento de xenofobia e à pobreza, dois lados da mesma questão que em conjunto podem ter consequências muito complicadas. O Presidente Ali Ercoşkun continuou salientado que a crise europeia já tem consequências no bem-estar dos países da região mediterrânica – situação que pode ter repercussões na solidificação dos regimes democráticos que têm resultado da primavera árabe. A Turquia acredita que a paz sustentada só é possível com a cooperação dos países da região e que o processo de transição em curso terá que ser liderado pelos povos dessas nações. Lembrou o contínuo conflito Israel/Palestino e, neste contexto, lembrou que a Turquia irá continuar apoiar todos os esforços no sentido de se conseguir a auto-determinação do povo palestino.
Relativamente á Síria, Ali Ercoşkun, lembrou que ç o país com que a Turquia tem a maior fronteira terrestre e, consequentemente, a crise nesse país tem implicações diretas na Turquia – a Turquia apoia o desejo do povo Sírio para ter um Estado democrático e parlamentar através de eleições livres. Finalmente, a Turquia apoia a criação de um banco regional para o desenvolvimento da região do mediterrâneo.

Tema I – “O Desenvolvimento de oportunidade de negócios e de investimento no Mediterrâneo” Seguiu-se uma intervenção pelo Secretário-Geral Adjunto da União para o Mediterrâneo, Lino Cardarelli, que destacou que o assunto discutido é complexo e exige atenção e grandes esforços tanto por parte dos países ocidentais como das instituições financeiras. Enfatizou que o mundo ainda se encontra no meio da crise económica, e que estamos a assistir a uma nova onda de mudança. Esta nova situação precisa de novos produtos, novos instrumentos e novas regras para que possamos superar e adaptar-nos a esta ambiente incomum.
O SGA Cardarelli também informou os participantes sobre o trabalho realizado até agora no Secretariado da União para o Mediterrâneo referindo que o seu mandato passa por identificar, realizar e promover projetos regionais, sub-regionais e transnacionais no Mediterrâneo. Acrescentou ainda que a implementação de projetos é a área prioritária da UpM cria novas perspetivas para os países do Sul do mediterrâneo e promove os processos de transição nesses países através do impulso económico e tecnológico, nomeadamente através da criação de novas oportunidades de emprego para suas populações jovens (é necessário criar 45 milhões de empregos nos próximos 20 anos).
No final de seu discurso, o Secretário-Geral Adjunto salientou a grande responsabilidade da UpM em ajudar os países do Sul a superar os desafios com que se confrontam hoje. A UpM e a AP-UpM devem funcionar em plena complementaridade no relançamento da economia no Mediterrâneo, especialmente a sua dimensão macroeconómica. A AP-UpM tem um papel especial de responsabilidade neste âmbito, pois constitui a voz e a consciência dos povos do Mediterrâneo.
Hans Peter Lankes, Vice-Presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (EBRD), começou por referir que os países da região Sul e Leste do Mediterrâneo (SEMED) enfrentam importantes desafios de transição. Citou o Relatório de Transição que este ano pela primeira vez analisa os progressos e desafios futuros, perante as reformas económicas desta região, na qual o BERD está ampliando as suas operações.
Anunciou que BERD finalizou o seu primeiro investimento na Jordânia, Marrocos e na Tunísia durante as últimas semanas e espera começar a investir no Egito brevemente (na ordem dos €2,5 mil milhões por ano nos quatro países até 2015). Notou que a região SEMED está em "mid-transition", à frente de países asiáticos mais centrais, mas atrasada relativamente à maioria dos países da Europa Central e do Leste – mais ou menos em pé de igualdade com os países do Cáucaso, Cazaquistão e Ucrânia.
Observou que o comércio e os fluxos de capitais na região SEMED foram liberalizados em grande parte.
No entanto, subsídios para alimentos básicos e combustíveis tendem a ser mais difundidos, distorcendo o mercado e colocando pesados fardos sobre os orçamentos de estado.
Indicou que no Egito, um quadro legislativo mais forte é necessário para garantir condições equitativas para as empresas privadas versus as públicas. Os serviços municipais no Egito têm a necessidade urgente de investimento para poderem proporcionar melhor acesso e melhoria na qualidade dos serviços. A distribuição