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22 | - Número: 009 | 24 de Novembro de 2012

de subsídios constitui mais de um quarto do total das despesas públicas e distorce incentivos em todos os sectores e deveriam ser melhor orientados.
Referiu ainda que a Jordânia enfrenta desafios nas reformas para a melhoria da governação, reforçar a competitividade e no desenvolvimento do sector privado. O setor de energia também precisa de grandes reformas para reduzir a dependência das importações e promover fontes de energia renováveis.
Finalizou destacando a Tunísia, país que enfrenta riscos sistêmicos no sector financeiro que têm de ser abordados. O setor das infraestruturas e dos transportes tem falta de investimento e exige reformas urgentes.
O desenvolvimento de soluções de parcerias público-privadas para atrair a participação do setor privado poderá ajudar nesse sentido.
Emre Orhan Oztelli, Vice-Director Geral do Ministério de Economia da Turquia apresentou um power point (em anexo) sobre o desenvolvimento de oportunidade de negócios e de investimento no sul do mediterrâneo. Começou por fazer um apanhado do Processo de Barcelona e da União para o Mediterrâneo. Destacou as relações Turquia com os países do Sul MED apresentando os principais indicadores económicos com a região e bilateralmente com os países da zona do mediterrâneo. Referiu ainda a estratégia da Turquia para o desenvolvimento das relações económicas com os países do Sul do Mediterrâneo: (i) o aumento das relações comerciais; (ii) o aumento do investimento direto turco na Região; (iii) expansão da cooperação económica; (iv) Expandir as atividades da contratação de serviços turcos; (v) contribuir para o desenvolvimento desses países; (vi) fornecer assistência técnica e a transferência de tecnologia.
Sobre as perspetivas económicas, referiu que a Turquia com o seu crescimento estável, vem demonstrando um desempenho notável ao longo dos oito últimos anos. Uma sólida estratégia macroeconômica, aliada a políticas fiscais prudentes e grandes reformas estruturais em vigor desde 2002, vem integrando a economia turca ao mundo e transformando o país em um dos maiores beneficiários do investimento estrangeiro direto (IED) de sua região. As reformas estruturais, aceleradas pelo processo de adesão da Turquia à UE, abriram caminho para mudanças abrangentes em inúmeras áreas. Os esforços para fortalecer o papel do setor privado na economia turca, aumentar a eficiência e a resistência do setor financeiro e propiciar uma base mais sólida para o sistema de seguridade social, foram reformas que fortaleceram os fundamentos macroeconómicos do país, a economia cresceu com uma taxa média anual de crescimento do PIB de 5,2 por cento nos últimos nove anos, entre 2002 e 2011.
Da parte da tarde, os trabalhos continuaram com a discussão do Tema II – “O melhoramento da Mobilidade para Negócios entre os países da AP-UpM”.
A primeira intervenção foi feita por Huseyin Arslan, CEO YDA Construção, uma das maiores empresas turcas de construção civil. Começou por lembrar que a população mediterrânica ronda os 800 milhões e como este número é representativo da potencialidade deste mercado se for realmente integrado entre o norte e o sul – aqui levanta-se a questão da falta de mobilidade, essencialmente do sul para o norte do Mediterrâneo.
Referiu o problema de, por exemplo, poderem participar em feiras de negócios, mas não podem enviar técnicos para montar os stands devido às regras injustamente rigorosas para os cidadãos turcos. Quando mais de metade do comércio da Turquia é com a UE e a Turquia faz parte de todas as instituições europeias exceto a UE – demonstra que a Turquia é aceite pela europa economicamente e legalmente mas não politicamente.
A injustiça é ainda mais aparente, sublinhou, quando por exemplo os cidadãos de alguns países dos Balcãs já não precisam de visto para entrar na UE, apesar de não serem membros da UE nem o seu país estar em processo de adesão. Porque, por exemplo, um Turco tem que se candidatar à obtenção de um visto e um cidadão da Macedónia não? Este caso demonstra que os regulamentos de obtenção de vistos são definidos essencialmente por decisões políticas.
Acrescentou ainda que se as decisões sobre vistos fosse o resultado de informação concreta sobre deficiências económicas, de segurança ou legais, seria fácil para os países da UE justificar as suas opções.
Se de facto as razões fossem tão concretas e técnicas, a Turquia tomaria as medidas necessárias para corrigir a situação – mas não são, são razões políticas. O medo principal dos Europeus é a ideia de que se as limitações na obtenção de vistos fossem levantas, a Europa iria ser invadida por turcos, mas na verdade, e esta coloca-se hoje mais do que nunca ao contrário – para quê emigrar para uma europa sem empregos? Seguiu-se o Representante da Fundação para o Desenvolvimento Económico, Melih Ozsoz, apresentou o trabalho desta organização, que procura identificar as dificuldades que são colocadas aos