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- Preocupações com Impacto na comunidade: 62%

Consegue-se perceber que grande parte das preocupações estão ainda no interior da

organização e só depois viradas para o envolvente externa – tal sucede essencialmente pela

capacidade de pressão que os atores internos têm sobre a empresa – muito mais que qualquer

stakeholder externo. No entanto, é também um sinal da importância que as empresas dão aos

seus colaboradores.

No geral, e no que a Portugal diz respeito, devo assumir que temos ainda um longo caminho a

percorrer, quando comparado com alguns dos melhores exemplos europeus em ternos de

responsabilidade social empresarial.

No que diz respeito ao conceito que comummente nos referimos, quando se utiliza a expressão

“responsabilidade social”, em termos empresariais, e baseando-me num estudo de uma

conceituada consultora, as empresas portuguesas apostam sobretudo na Educação, na

Cultura, na Ajuda Humanitária e no Ambiente.

Embora muitas vezes associado a contribuições monetárias ou apoios financeiros a

determinadas iniciativas, o investimento social abarca um conjunto mais vasto - e, muitas

vezes, mais interessante - de formas de contribuição para a sociedade. Para além dos

donativos, as empresas têm desenvolvido a sua atividade através do voluntariado ou de

contribuições em géneros ou serviços, o que, numa conjuntura de crise, como a que vivemos,

assume especial relevância.

No essencial, e creio ser aquilo com o qual, na condição de parlamentar me devo preocupar,

importa perceber até que ponto a sociedade civil no seu todo está a complementar aquilo que o

Estado na sua vertente social não consegue atalhar. É por demais evidente que o Estado,

personificado no Governo, no Parlamento, nas suas instituições, não consegue, no

desempenho das suas funções sociais, quer na área da Saúde, da Educação, da Segurança

Social e mesmo na proteção da área ambiental, chegar a todo o lado, ou, pelo menos, não

consegue responder a todos os problemas com a devida profundidade – a distância a que está

do cidadão, por mais atenção que dê, de facto não o permite.

No entanto, é aqui que, claramente, a sociedade civil, quer através das ONG’s, quer através da

responsabilidade social das empresas, tem um papel essencial de proximidade, de

conhecimento, e de ação concreta. Esta ação tende a ser tanto mais eficaz quanto maior é o

envolvimento da empresa com o meio onde se insere.

II SÉRIE-D — NÚMERO 25________________________________________________________________________________________________________

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