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15 DE NOVEMBRO DE 2014

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O gás consumido na Polónia tem uma grande concentração de enxofre, o que significa que a a sua

utilização tem um maior impacto ambiental que a utilização de carvão. A prioridade encontra-se, assim, focada

na realização de pesquisas para diminuir as emissões poluentes do carvão.

Alegou que a introdução de painéis fotovoltaicos na Polónia não é uma possibilidade, já que as peritagens

realizadas indicam que a luz é insuficiente. Para a aposta na energia eólica falta especialização, o que acresce

ao facto que as estações eólicas são impossíveis de construir em zonas densamente povoadas.

A Polónia investe 1,5% do PIB em I&D, número que representa uma melhoria significativa registada ao

longo dos últimos 5 anos; e pretende aumentar este investimento até aos 1,8%. Muito embora existam planos

governamentais para implementação de energias renováveis, o poder das autarquias, e a aposta em soluções

para a redução das emissões poluentes da combustão do carvão dificultam a sua execução. Os resíduos da

combustão constituem o maior problema, tendo sido já testada a combustão de lixeira para produção

energética. Há também empresas estrangeiras a trabalhar na produção do bio fuel.

A delegação do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal – Polónia recordou que Portugal construiu a maior

rede de autoestradas da Europa, mas a experiência provou que as autoestradas sozinhas não criam emprego,

nem desenvolvimento.

Foram também abordadas as prioridades polacas de criação de emprego, bem como as políticas de

crescimento das famílias e de incentivo à natalidade, nomeadamente, a licença de maternidade com a duração

de 1 ano, que pode ser exercida pelo pai, os preços muito baixos nos jardins-de-infância, e os incentivos

fiscais a partir do segundo filho.

A delegação encontrou-se ainda com a Deputada Agnieszka Pomaska, Presidente da Comissão de

Assuntos Europeus.

Nesta reunião, foi abordada a nomeação do novo

Presidente do Conselho Europeu, que pode dar uma

voz mais significativa à Polónia, particularmente no

que diz respeito às relações com a Rússia.

A Deputada Agnieszka Pomaska mencionou ainda

que as alterações climáticas têm grande impacto em

economias como a Polónia, dependente

energeticamente do carvão, referindo que o país se

sente castigado pelo efeito histórico da sua tradição

energética.

No capítulo das relações de vizinhança com a

Rússia e a Ucrânia, foram abordados os efeitos do

embargo russo. A Deputada Agnieszka Pomaska

considera que o embargo causa alguns

constrangimentos, particularmente no que diz respeito à exportação de frescos, mas entende que não há outra

forma de lidar com a Rússia, e que a Polónia deve apoiar um esforço conjunto da UE.

Foram também abordadas as perspetivas para as relações futuras entre a Ucrânia e a UE, e as prioridades

da Polónia para o pacote de fundos comunitários até 2020, que se centrarão sobretudo na área das

infraestruturas. A Deputada Agnieszka Pomaska entende que o anterior pacote, no valor de 70 mil milhões de

euros foi, em geral, bem utilizado, mas que o país deve aprender com pequenos erros. Questionada sobre a

aposta da Polónia nas incubadoras de empresas (Startups), informou serem maioritariamente financiadas por

capitais europeus, e consubstanciarem um fenómeno essencialmente regional.

12% da população polaca vive abaixo do limiar da pobreza. O combate à pobreza centra-se no apoio às

famílias, subsidiando jardins-de-infância, e na redução fiscal.

A delegação encontrou-se, em seguida, com o Deputado Tadeusz Iwiński, Vice-Presidente da Comissão de

Negócios Estrangeiros.

Ainda no dia 8, a delegação reuniu com a Subsecretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Henryka

Mościcka-Dendys. Nesta reunião foram abordadas todas as matérias consideradas prioritárias pelo GPA para

esta visita. A Subsecretária de Estado reiterou o empenho da Polónia numa Política Comum de Energia,

advogando a concertação de políticas a nível europeu. Nos últimos 10 anos, o país tem realizado um grande

investimento em infraestruturas e interconexões com os Estados vizinhos. Estas interconexões reduzem a