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II SÉRIE- D — NÚMERO 28

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culturais e institucionais que orientam as opções tomadas, a Mesa de Doadores (que se aproximava) e a

enorme responsabilidade desse momento que exige a colaboração de todos.

Após o acolhimento a palavra foi dada aos Deputados portugueses, sendo que todos eles se dirigiram ao

Plenário e nas suas intervenções destacaram: o fortalecimento da cooperação entre os dois países, a sua

importância para o atual contexto de consolidação democrática e como sinal à comunidade internacional; as

vantagens de uma cooperação que se quer mútua e vantajosa para ambas as partes; a confiança no futuro da

Guiné-Bissau e nas suas instituições para guiarem o país em direção ao desenvolvimento, à estabilidade e ao

progresso que tanto necessitam.

Antes de terminar o encontro na Sala das Sessões, os membros do Grupo Parlamentar de Amizade

homólogo apresentaram-se à delegação da Assembleia da República. Ainda na Assembleia Nacional Popular,

a Delegação teve oportunidade de conhecer algumas salas de trabalho, nomeadamente dos dois maiores

Grupos Parlamentares: PAIGC e PRS.

A manhã terminou na Embaixada portuguesa com um encontro com o Ministro da Defesa de Portugal, José

Pedro Aguiar-Branco, e a sua comitiva que também se encontravam em visita oficial à Guiné-Bissau, na

sequência da qual foi assinado um acordo de cooperação técnico militar.

A tarde decorreu na Assembleia Nacional Popular, onde a Delegação do GPA teve diversos encontros com

Deputados guineenses, nomeadamente com a Comissão de Política Externa cujo Presidente assumiu, em

anteriores Governos, as funções de Ministro da Economia e dos Negócios Estrangeiros. Nestes encontros os

Deputados da Assembleia da República tiveram oportunidade de referir o grande interesse e consenso que,

desde o início, esta visita gerou. Quer a Presidente do GPA, Deputada Catarina Martins (BE) quer a

Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves, incentivaram e promoveram a

concretização desta visita, também o facto de a Delegação integrar representantes de quase todos os Grupos

Parlamentares é representativo do mencionado interesse e importância. De entre várias matérias, estes

encontros abordaram: a atual realidade das relações fronteiriças na Guiné-Bissau; a emigração e o

acompanhamento feito à diáspora guineense; a boa atuação das autoridades guineenses no âmbito do

combate ao tráfico de seres humanos, em particular de crianças, e as escolas de talibés no Senegal; as

dificuldades da comunidade guineense em Portugal; a cooperação com a Guiné-Bissau no âmbito da CPLP; e

a atual estratégia guineense nos mercados internacionais.

Após os referidos encontros a Delegação do GPA efetuou uma visita às instalações do Hospital Nacional

Simão Mendes (inicialmente prevista para a parte da manhã) e ao IBAP, nas quais foi recebida pelos

respetivos responsáveis. No Hospital foi possível conhecer o serviço de urgência, a maternidade e a pediatria.

Relativamente ao IBAP, os seus coordenadores apresentaram os objetivos do Instituto, o seu funcionamento e

organização e foi visionado um filme sobre a biodiversidade na Guiné-Bissau que está disponível no site

www.ibap-gbissau.org “Guiné-Bissau bemba di vida – a biodiversidade ao serviço do desenvolvimento

sustentável”. Esta visita revestiu-se de particular interesse pois permitiu conhecer uma perspetiva diferente da

Guiné-Bissau, um país preocupado com a sua biodiversidade, consciente da proteção das populações locais e

determinado a preservar o seu património ambiental.

Dia 18

Em conformidade com o programa da visita estabelecido, a Delegação do GPA foi recebida pelo Presidente

da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz. Este relembrou as suas raízes como estudante do ISEG, em

Lisboa, e as suas vivências quer como estudante quer como profissional no início da carreira. Destacou que o

atual momento é o melhor momento para o restabelecimento da cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal

(“é hoje, não foi ontem”), a consolidação das relações entre países é feito por políticos mas também por

empresários e na Guiné-Bissau está tudo por fazer pelo que é, atualmente, um país de oportunidades. O

desenvolvimento do setor agrícola é uma preocupação, nomeadamente no que se refere à produção de arroz

a qual, com o devido investimento, tem potencialidades para ser exportada. Concluiu apelando a todos os

Deputados portugueses presentes que sejam porta-vozes de uma mensagem de mobilização dos empresários

portugueses no sentido de que “façam da Guiné-Bissau o vosso país”, o atual quadro político guineense é

totalmente diferente do passado, destaca-se a grande qualidade dos Deputados da Assembleia Nacional

Popular pelo que também a troca de experiências e a formação de quadros terá boa repercussão.