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II SÉRIE-D — NÚMERO 16

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manter-se na União Europeia. Referiu, ainda, que o Reino Unido não pagou para entrar na União Europeia, logo

não deveria pagar para sair.

Para Douglas Chapman se a saída do Reino Unido da União Europeia fosse concluída, o Reino Unido veria

o seu poder de influência na NATO diminuído com o tempo, passando a não ter acesso a informação como

anteriormente sobre a EUROPOL. Desta forma, com o tempo, o Reino Unido, seria afastado do “European

Army”.

De seguida o Deputado Miguel Tiago (PCP) usou a palavra para manifestar a importância das negociações

numa saída clara, sem chantagens ou castigo para os cidadãos ingleses. Referiu que o Parlamento Português

esperava que a transição fosse suave, questionando quais eram as expectativas de Sir William Cash sobre a

saída do Reino Unido da União Europeia.

Na sua intervenção, a Deputada Isabel Pires (BE) mostrou respeitar o resultado de referendo e a decisão

do Reino Unido em sair da União Europeia, afirmando que, sendo uma escolha do povo, teria de ser respeitada

pelos políticos. Portugal estava preocupado com a situação dos direitos dos cidadãos e, para o Bloco de

Esquerda, um dos problemas da União Europeia era não haver uma união de pessoas.

Relativamente à imigração, Sir William Cash acreditava que a situação dos direitos dos cidadãos tinha de

ser recíproca. O Reino Unido não queria ter pessoas originárias de outros países para “farm fruit picking”. O país

tinha sido muito generoso porque com os imigrantes originários da Europa de Leste o que ganhavam de salário

era considerado, com as taxas de cambio, três vezes mais do que a realidade dos países de origem. Lamentou

o debate inflamado durante o referendo, liderado pelo Partido de Independência do Reino Unido (UKIP) e referiu

que o Reino Unido precisava de imigrantes, mas era essencial retomar algum controlo da política.

 Assistência a Sessão Plenária da Câmara dos Comuns

A delegação da Comissão de Assuntos Europeus, acompanhada pelo Embaixador de Portugal no Reino

Unido, foi encaminhada pelo Protocolo a uma galeria, de onde assistiu a uma parte da Sessão Plenária da

Câmara dos Comuns.

 Almoço de trabalho com Eleanor Laing, Deputy Speaker do Partido Conservador

A delegação da Comissão de Assuntos Europeus foi convidada para um almoço de trabalho com Eleanor

Laing, uma das Deputy Speakers do Partido Conservador, no “Stranger’s Restaurant” de Westminster. Eleanor

Laing disse ter votado a favor da saída do Reino Unido da União Europeia e lamentou a “atitude ditadora e

inflexível de Bruxelas nas negociações”. Neste almoço de trabalho, que foi servido por um funcionário português

que trabalha há mais de 20 anos naquele restaurante do Houses of Parliament, a Deputy Speaker do Partido

Conservador falou, ainda, sobre o centenário do voto das mulheres no Reino Unido, que se comemorava

naquele dia pelo país inteiro.

 Reunião com a Comissão para a saída da União Europeia (Câmara dos Comuns)

No encontro com a Comissão para a saída da União Europeia (Câmara dos Comuns), o Presidente Hilary

Benn, do Partido Trabalhista, deu as boas vindas à delegação.

A Presidente da Comissão dos Assuntos Europeus, Deputada Regina Bastos, apresentou a delegação,

mencionando as reuniões anteriores. Voltou a reforçar a aliança histórica entre Portugal e o Reino Unido,

lamentando a decisão da saída do Reino Unido da União Europeia e manifestou o respeito pela mesma.

Reforçou a preocupação com os cidadãos portugueses, realçando que a comunidade portuguesa no Reino

Unido ascende aos 500 mil residentes e chamou a atenção para a proteção dos seus direitos. Reiterou a

ausência de precedente sobre a saída de um país da União Europeia. Referiu que, para além da preocupação

manifestada sobre a comunidade portuguesa, outro dos objetivos desta visita era o de aprofundar o

conhecimento sobre o processo de negociação e resultados da mesma.

Hilary Benn lamentou profundamente o resultado do referendo, que, no entanto, disse respeitar. Apresentou

o ponto de situação das negociações da sua perspetiva, lamentando a “total falta de clareza” da posição do