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Em resposta, foi referido existirem na NA TO 6 ou 7 posições diferentes sobre a questão da

segurança no Mediterrânio, as quais devem conhecer um alinhamento mais consentâneo

com as atuais circunstâncias. Desde Portugal, mais preocupado com a vertente euro­

atlântica, aos países do oriente, mais vulneráveis à influência e pressão turca e russa. Tal

imporá um aumento de gastos em defesa nos países da bacia, que não apenas dos que

possuem efetivos interesses na bacia.

O Deputado Nuno Carvalho (PSD) questionou a estratégia europeia para com a Turquia,

por um lado, e os países magrebinos, por outro, questionando sobre se a cimeira Europa­

África poderá constituir uma ponte entre polos geográficos opostos do Mediterrânio.

Assinalou, ainda, o crescente interesse da China no continente africano, onde obteve

lucros imensos com investimentos mínimos.

Em resposta, foi referido que o Iraque, a Síria, o Líbano, Israel e o Irão, são hoje os

principais eixos da rota da seda chinesa no Mediterrânio, facto que colide frontalmente com

os interesses americanos na região, tendo já pressionado Erdogan a que escolha a que

lado da contenda pretende aderir. Paralelamente, a China criou verdadeiras pontes aéreas

para África, como já havia criado anteriormente para a América do Sul e Ásia. A Turquia e

a China estão a confluir para o Mali e Nigéria e podem entrar em confronto, ao passo que

os russos se oferecem como vendedores de proteção aos governos locais. Por tal motivo,

é igualmente possível a confrontação entre turcos e russos no Sahel.

Alexandra Attalidou, membro da Comissão dos Direitos do Homem e da Igualdade

Homens-Mulheres, do Parlamento do Chipre, começou por assinalar na sua intervenção

que a Turquia e a Rússia utilizam táticas muito semelhantes: invocação da proteção de

minorias, seguida de intervenção militar. A Europa, muito desenvolvida no capítulo

económico, mas bastante deficiente na projeção e abordagem perante conflitos com

terceiros, não havendo estratégia nem força concertada, olhando cada Estado-Membro

para os seus interesses pessoais. Defendeu, da parte da Europa, tolerância zero para com

quaisquer agressões ao Direito Internacional.

Em resposta, foi sublinhada a necessidade de ter cuidado com o tipo de reação a tomar,

olhando a certas situações ocorridas nos últimos 15 anos. Afigura-se, porém, de grande

importância a adoção de sanções a quem prevarique a lei internacional. Foi igualmente

relembrado que nos últimos 4 anos, as reservas de ouro russas subiram para o triplo e que

o preço do trigo acaba de subir, sendo de prever que a guerra militar venha a ser

acompanhada por outra, de natureza alimentar, dada a qualidade de produtora de cereais

da Ucrânia.

II SÉRIE-D — NÚMERO 22 _____________________________________________________________________________________________________________

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