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no próprio coração do continente. Prosseguiu, recusando a imagem de fraqueza que

muitos associam à Europa, alinhando em posições e visões que só a dividem, garantindo

a certeza de que a União e os seus Estados-Membros saberão responder à ameaça russa,

a começar pelo seguimento, agora inadiável, de várias iniciativas, anteriormente

emperradas na falta de consensos: o avanço da Cooperação Estruturada Permanente,

instituída no tratado de lisboa; a Iniciativa de Intervenção Europeia, lançada em 2018, no

sentido de reforçar a autonomia estratégica e a colaboração entre Estados-Membros; e o

Fundo de Defesa, essencial ao desenvolvimento de novas capacidades militares. Neste

contexto, a Bússola estratégica assume-se como mecanismo fundamental de resposta, em

vista de um rápido desenvolvimento da capacidade e autonomia europeia no curto prazo,

sem que tal ponha em causa o papel da NATO no contexto da segurança internacional.

Na sua alocução, o senhor Christian Cambon, Presidente da Comissão do Senado dos

Negócios Estrangeiros, Defesa e Forças Armadas, começou por salientar a

oportunidade dada pela presente Conferência para que a Europa "toque" a reunir em torno

dos valores que a definem, em resposta à invasão russa da Ucrânia. Deveria daqui sair

uma mensagem forte e determinada, baseada numa declaração que faça entender aos

adversários da Europa e da democracia de que não aceitamos o regresso da guerra a solo

europeu. A paz é um direito só alcançável através de uma cultura de defesa que implica

certas opções orçamentais. Relembrou que a opção do povo ucraniano é de viver em

democracia e liberdade, mesmo que contra a vontade e a criminosa brutalidade do Kremlin.

Interveio o Senhor Jean-Louis Bourlanges, Presidente da Comissão de Negócios

Estrangeiros da Assembleia Nacional, que apelou a uma maior capacidade da Europa para

enfrentar os desafios com que se depara. Presidente Putin escarneceu dos valores

essenciais à Europa, como o "rule of law", a democracia e a liberdade. Mas, da mesma

forma, desqualificou o seu povo e o seu país aos olhos do mundo. E ele não parará, até

que o paremos a ele. Já não chega que sejamos exemplares defensores dos valores que

nos são caros: a lei deve ser dura para ser respeitada e os europeus precisam rever o seu

paradigma de existência coletiva, sob pena de desaparecerem juntamente com os seus

valores.

Na sua intervenção, a Senhora Patricia Miralles, Vice-presidente da Comissão de Defesa

National e das Forças Armadas da Assembleia Nacional, começou por referir que mesmo

que a Europa pretenda resolver crises através da negociação em vez da guerra, nunca

poderá deixar de se dotar dos meios que lhe permitam ser ouvida.

28 DE JULHO DE 2022 _____________________________________________________________________________________________________________

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