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necessário que os parlamentares assumissem mais compromissos na implementação de

legislações coerentes para salvaguardar os direitos das mulheres refugiadas.

Posteriormente, intervieram os oradores previstos para este painel, sendo que a primeira foi a

Deputada ucraniana Mariia Ionova, Co-Presidente do Comité para a Igualdade de Oportunidades,

que devido à situação de guerra no seu país, participou por videoconferência. Mariia Ionova referiu

que a guerra tinha forçado milhões de pessoas a fugir e a separar famílias, uma vez que os

homens com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos não puderam deixar o país, devido à

lei marcial. Destacou ainda a importância da educação contínua para as crianças ucranianas no

estrangeiro. Agradeceu aos países da União Europeia (UE), por terem oferecido proteção

temporária e alargado a saúde, emprego e alojamento às mulheres ucranianas refugiadas.

Enalteceu a importância de cuidar da saúde psicológica das refugiadas, devido aos traumas de

guerra.

Adicionalmente referiu a possibilidade de crise alimentar e de que a Rússia deveria ser

obrigada a libertar os cereais ucranianos. Para além do embargo ao petróleo e gás russo, a

Ucrânia precisava de armas para combater a guerra e para se defender e, em simultâneo, era

importante iniciar discussões sobre a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) e sobre a

forma como o agressor teria de ser punido. Não se tratava apenas da Ucrânia, mas da estabilidade

regional e global. Sublinhou também como, desde o ataque em fevereiro de 2022, mais de um

milhão de pessoas, incluindo crianças e órfãos, eram deportadas à força para fora da Ucrânia e

para a Federação Russa, para locais não revelados, possivelmente campos de concentração,

demonstrando a sua preocupação por este facto,

De seguida participou a Embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets que, através de

mensagem gravada em vídeo relatou como os roubos, assassinatos brutais e deportações

forçadas são comuns nos territórios ocupados pelos russos. À data, 2 milhões de cidadãos

ucranianos estariam temporariamente deslocados dentro do país e 6 milhões no estrangeiro, dos

quais 83% são mulheres. Recordou que, em Portugal, seria necessário o desenvolvimento de

iniciativas públicas e privadas que ajudem e apoiem os cidadãos ucranianos, assim como era

essencial fornecer apoio como residência temporária, acesso a empregos e educação, cursos para

estudar português, acesso ao sistema de saúde e serviços sociais.

A Embaixadora recordou ainda que seria importante iniciar um diálogo sobre o lugar e o

papel das mulheres na reconstrução do pós-guerra. A avaliação sobre a implementação da

Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) sobre Mulheres, Paz e

Segurança5 mostra que a participação das mulheres na resolução de crises e conflitos torna as

5 Resolução 1325 do CSNU, sobre Mulheres, Paz e Segurança: sobre as mulheres, a paz e a segurança. Esta resolução reconhece o impacto dos conflitos armados sobre as mulheres e meninas e trabalha para sua proteção e plena

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