O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

5 | - Número: 040 | 22 de Setembro de 2009

prosseguir o desenvolvimento do país. Reiterou a constância do apoio de Portugal — quer bilateralmente e nos fora multilaterais — à vocação de paz, de progresso e de desenvolvimento de Timor-Leste.

d) Presidente da FRETILIN, Mari Alkatiri:

1 — O Presidente da FRETILIN reconheceu que a situação política em Timor-Leste tem vindo a melhorar, não havendo casos de violência a registar, nem indícios de que venha a ressurgir. Afirmou a sua esperança de que a liderança do país tenha sabido «retirar lições» da crise de 2006. Como líder da oposição — disse — adoptou um discurso e práticas de «pedagogia democrática», defendendo o diálogo e nunca a violência.
Reconheceu ser esta a atitude esperável de uma oposição madura e responsável, que defende a paz e o interesse do país. Manifestou esperança de que os partidos que actualmente formam o Governo revelem idêntico sentido de responsabilidade quando forem oposição.
2 — Referiu que as suas relações, enquanto líder da oposição, com o Presidente da República «são boas», havendo, no que respeita ao relacionamento institucional com o Primeiro-Ministro, «um longo caminho a percorrer».
3 — A FRETILIN tem procurado contribuir para uma governação inclusiva, tendo, nesse sentido, proposto que a oposição fosse incluída na estrutura de consulta e de diálogo, designadamente quando se trate de preparação e adopção de leis estruturantes. Lamentou que a proposta não tenha sido, até ao presente, acolhida pelo Executivo.
4 — Defendeu a elaboração de um plano concreto para o desenvolvimento de Timor-Leste, que lamentou não existir.
5 — Manifestou, finalmente, expectativa de uma vitória expressiva da FRETILIN nas primeiras eleições comunitárias — Chefes de Suco — , que se realizarão a 9 de Outubro próximo.
6 — O Presidente da Assembleia da República registou a atitude responsável do líder da oposição, que configura uma contribuição essencial para o regular funcionamento das instituições democráticas e para a paz e tranquilidade. Afirmou que todos os órgãos de soberania, em Timor-Leste, reconhecem que a oposição é necessária, desempenhando, com um estatuto próprio, um papel crucial para o bom funcionamento do sistema democrático.

e) Bispo da Diocese de Baucau, D. Basílio do Nascimento:

1 — Ao longo do encontro prévio e do almoço que o Bispo da Diocese de Baucau, D. Basílio do Nascimento, ofereceu ao Presidente da Assembleia da República e à delegação, foram lembrados — à luz do papel que a Igreja Católica desempenhou — , o processo que conduziu à independência do país, o quadro da realização do referendo popular de 30 de Agosto de 1999, os desafios que o novo Estado teve de enfrentar, logo após a independência, alguns dos quais se mantêm actuais — , bem como os progressos já alcançados.
2 — D. Basílio do Nascimento abordou também o tema do ensino da língua portuguesa em Timor-Leste, reconhecendo a magnitude desse desafio e dos esforços que envolve, mas também progressos visíveis no progressivo conhecimento da língua, em especial na geração pós-independência.
3 — Referiu a insuficiência de padres católicos em Timor-Leste, sendo que muitos dos que actualmente exercem o ofício foram formados na Indonésia durante o período de ocupação, não dominando a língua portuguesa. Acrescentou que a missionação, em língua portuguesa, contribuiria também para a promoção do conhecimento da língua oficial do país.

f) Líder da Comunidade Islâmica, Arief Sagran:

1 — O líder da comunidade islâmica de Timor-Leste manifestou satisfação pela oportunidade da audiência com o Presidente da Assembleia da República. Estudara numa escola corânica na Indonésia e lidera a comunidade islâmica sunita, que contabiliza actualmente 2452 timorenses, dispersos por todo o território.
Referiu a existência de duas mesquitas no país.