O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 DE MAIO DE 2019

29

É no dia 6, pelas 23:50 horas, que o Comando Nacional entende assumir o Comando da Operação (na

pessoa do segundo Comandante Operacional Nacional), o que acontece formalmente no dia 7 de agosto às

18:26 horas.

A partir da manhã do dia 8 de agosto o principal objetivo era conter o incêndio nos limites estabelecidos, a

Este no IC1, a Sul na EN124, a Oeste na zona da Foia. Nos dias 8 e 9 deu-se início à recuperação da

organização do TO, verificando-se ainda intensa atividade operacional, tendo o incêndio sido formalmente

dominado no dia 10 de agosto às 07:55 horas.

Destacamos de novo o relatório de primeiras impressões do Comandante Operacional Distrital de Faro,

onde são referidos os pontos positivos, pontos de melhoria e conclusões, com o qual, no essencial,

concordamos. Tendo já sido referidas as falhas de consolidação perimetral em locais críticos, citamos do

referido relatório o seguinte: “…Apesar de terem formação e equipamento adequado, denotou-se pouca

disponibilidade dos militares que integram os pelotões para realizarem ações de rescaldo, estando mais

interessados em limitar o seu empenhamento apenas a ações de vigilância.” Na mesma linha, o relatório

operacional preliminar do Comando Nacional de Operações de Socorro, no ponto 3, alínea n) nos pontos de

melhoria, refere: “sensibilizar os pelotões militares para a necessidade de intervenção com ferramentas

manuais”.

Esta situação de inércia ou passividade poderá ser motivada por receio e inexperiência em incêndios

complexos, mas não se deve generalizar a todos os operacionais envolvidos. Quando uma frente está fora de

capacidade de extinção é recomendável aguardar pela mudança do comportamento do fogo, contudo sem

deixar de operar nas secções do perímetro que se encontrem dentro da capacidade de extinção ou

necessitem de um musculado trabalho de rescaldo.

A Figura 22 faz a correspondência aproximada entre o número de operacionais e a evolução diária do

perímetro, entre os dias 3 e 9 de agosto. Com base nos dados referentes à “Notificação” do COS e registados

no Relatório de Ocorrência 2018080033743, estima-se para o total do incêndio um número médio de 26

operacionais por quilómetro de perímetro do incêndio. Trata-se de um valor que supera qualquer um dos 100

incêndios de dimensão superior a 2500 ha incluídos num estudo efetuado para o período 1998-2013

(Fernandes et al. 2016).

Figura 22. Distribuição do número de operacionais segundo a evolução do perímetro do incêndio entre o dia

3 e o dia 9 de agosto de 2018. Fonte: Relatório de Ocorrência 2018080033743 - Incêndio de Monchique -

ANPC.