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incêndio percorre territórios diferentes por serem utilizados sistemas diferentes. O Observatório

recomenda fortemente que a ANEPC assegure que haja apenas um sistema único a operar a

nível nacional que poderá, e deverá incorporar todos os bons desenvolvimentos de sistemas

produzidos a outros níveis, como o “MacFire”.

Finalmente, recomenda-se uma atenção especial à intervenção no período noturno, em que as

condições meteorológicas em geral, e neste caso particular, oferecem janelas de oportunidade

que não se podem perder. A utilização de máquinas de rastos parece ter sido a adequada, mas

a utilização profissional e adequada do fogo de supressão, em particular em período noturno,

deverá ser potenciada quando estrategicamente recomendada (NAD-AIR) e aplicada por grupos

devidamente formados e capacitados para o efeito (GAUF, FEPC e GIPS/UEPS).

6.2 Na Segurança das populações

Tendo em conta a extensão e violência deste incêndio, é de realçar que não tenha havido perdas

humanas a lamentar. Nos dois concelhos – embora de forma diferenciada – houve trabalho

prévio de preparação do território e das comunidades para enfrentar incêndios de grande

dimensão. De uma forma geral, as pessoas estão familiarizadas com a presença do fogo no seu

território e contam com uma rede de prevenção adequada em muitos lugares, com gestão de

combustível na envolvente urbano-florestal e com a dotação de kits de primeira intervenção. Os

elementos dos Corpos de Bombeiros referiram que graças ao trabalho de prevenção ao longo

da rede de estradas puderam circular e prestar socorro às populações, de uma forma

generalizada.

Embora muitos lugares tenham ficado sem socorro exterior, as populações optaram, em geral,

por permanecer e defender os seus bens. Não tivemos notícia de fugas ou retiradas á última

hora. Mesmo em lares de pessoas idosas se adotou esta atitude e, salvo num caso, não houve

qualquer acidente grave a registar.

6.3 Na recuperação pós-fogo

No estudo técnico realizado pelo Observatório e dirigido especificamente a intervenções de

emergência (OTI 2019b) foi recomendada a sistematização de procedimentos que devem ter

lugar quer nas encostas, nas linhas de água e onde se verifiquem fluxos de escoamento,

nomeadamente sequenciando as seguintes etapas: a) avaliação preliminar, com estimativa das

áreas potencialmente mais vulneráveis; b) análise da severidade do incêndio na vegetação e

solo e cartografia das zonas prioritárias para intervenção; c) avaliação de campo e a validação

do risco hidrológico e erosivo, bem como dos danos relativos ao património afetado; e)

finalmente, a partir dos dados recolhidos, deve ser estabelecida a proposta de atuação com a

definição concreta dos trabalhos a efetuar em cada zona.

O Observatório aconselha ainda que, posteriormente à execução dos trabalhos, os mesmos

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