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de processos.

Independentemente destas questões, apresentam-se de seguida algumas considerações

relativamente a cada uma das quatro orientações estratégicas e aos respetivos objetivos

estratégicos.

3.3.1 Valorização dos Espaços Rurais (Orientação estratégica OE1)

Consideramos tratar-se de uma orientação fundamental para o sucesso de qualquer sistema de

gestão de incêndios em Portugal, principalmente nos aspetos relacionados com a remuneração

de serviços de ecossistema, inovação com base no conhecimento, diversificação das atividades

económicas e aumento da resiliência dos espaços rurais.

Pretende-se uma articulação com o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território

(PNPOT) que estabelece políticas de valorização do território, onde o mais marcante é a

remuneração dos serviços prestados pelo capital natural, a valorização do mesmo no sentido de

se explorarem novas formas de gerar valor, ao mesmo tempo que se apela a tirar partido dos

recursos endógenos em termos de bens ou serviços, na exploração de nichos de mercado e na

diversificação de atividades, de forma a atrair e fixar pessoas. Não deveria ser esta propriamente

a vocação do PNGIFR (a centralização em novas apostas para gerar valor para os espaços

rurais), o qual, apesar destas intenções indicadas no âmbito da valorização das regiões de baixa

densidade, afirma-se como inovador no domínio da integração dos processos colaborativos, que

aliás se procuram desenvolver na designada Cadeia de Valor. Nesse sentido, parece-nos

especialmente interessante a criação de um centro multi-agências (ANPEC, ICNF, GNR, FFAA,

IPMA; AGIF) que visa reunir no mesmo espaço físico as competências de planeamento e

coordenação do sistema, para incrementar a eficácia de decisão desde o nível nacional até ao

nível local (embora este aspeto transcenda a mera Valorização dos Espaços Rurais). A

institucionalização duma cultura de avaliação, assente num sistema de indicadores definidos é

também uma importante mais-valia do PNGIFR, embora esse procedimento não tenha sido até

agora seguido na preparação deste novo Plano.

Existe também uma procura de articulação entre este Plano e o Plano Nacional de Investimentos

no domínio da promoção da sustentabilidade do território rural, focalizado no aumento do

potencial económico florestal, mas numa perspetiva correta de diversificação de atividades no

espaço agroflorestal (conjugação com a componente agroambiental, promoção da

biodiversidade, etc.).

Todavia, a Estratégia Nacional para as Florestas (que se articula com o PNPOT) deveria, na

verdade, ser um documento de referência, integrador de diversas componentes e diretrizes

constantes em documentos mais específicos que vão desde o Plano de Ação Nacional de

Combate à Desertificação (PANCD) à Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da

Biodiversidade (ENCNB) e, ainda, o Plano Nacional de Combate à Desertificação (PNAC),

embora todos estes instrumentos tenham um interface com o PNPOT. Por outro lado, o Plano

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