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Figura 4. Instalação de barreiras de troncos, combinadas com acolchoado de estilha nas margens do Ribeiro de

S. Pedro de Moel. Fonte: Keizer et al. (2018).

São sugeridas no Relatório da CC-PRML outras técnicas passíveis de serem utilizadas em vários

estádios pós-fogo como a escarificação e ripagem – tratamentos mecânicos que visam a

melhoria das taxas de infiltração em solo com repelência à água; cercas de retenção de

sedimentos (silt fences) – barreiras temporárias para reter sedimento em locais de escoamento

efémero; estruturas lenhosas alinhadas em curva de nível (countour log structures) – envolve a

instalação de material lenhoso de grande dimensão, ou fachinas, feitas de material de menor

diâmetro geralmente ramos, sacos de areia, solo ou gravilha, usados em encostas ou pequenos

canais para reter sedimento e diminuir a velocidade do escoamento superficial, ou,

eventualmente, a aplicação de poliacramidas aniónicas de alto peso molecular, para estabilizar

a estrutura do solo, sem esquecer a aplicação extensiva de Mulching e Hidromulching, os quais

consistem na aplicação de resíduos orgânicos triturados (casca, folhas, palha, ramos finos, etc.),

bem como de agregantes e nutrientes, projetados ou não.

A Ribeira de S. Pedro de Moel (Fig. 5), a mais importante zona húmida da MNL, tem particular

relevância em termos de controlo de erosão hídrica e de impactos na biodiversidade, uma vez

que se trata de uma bacia hidrográfica independente e que tem identificada a presença de

espécies de peixes com elevado estatuto de conservação nacional e internacional (IUCN, 2017),

como é o caso da lampreia-de-riacho (Lampetra planeri) e da enguia-europeia (Anguilla anguilla).

Segundo a Carta Piscícola Nacional (Ribeiro et al., 2007) existem na Ribeira de S. Pedro de

Moel, para além das espécies mencionadas, os endemismos lusitanos boga-portuguesa

(Iberochondrostoma lusitanicum) e ruivaco (Achondrostoma oligolepis), o endemismo ibérico

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