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espécies ou, mantendo as mesmas espécies, por alterações de densidade ou de padrões de

implantação no terreno, considerando-se que uma boa forma de privilegiar paisagens de maior

valor poderia passar pelo aproveitamento da regeneração natural e posterior acompanhamento

dos povoamentos favorecendo a irregularidade e desfavorecendo a monotonia visual.

É assim proposto por Lopes et al. (2018), a criação de buffers de vegetação junto às linhas de

água, um planeamento específico para as bordaduras junto às estradas nacionais e municipais,

e a gestão de bordaduras e diversificação de estratos arbustivos e subarbustivos em linhas de

delimitação de talhões.

Os métodos mencionados anteriormente colidem parcialmente com o expresso no capítulo do

relatório da CC-PRML relativo à silvicultura (Fonseca et al. (2018), que considera ser desajustado

do ponto de vista ecológico, económico e social uma rotura profunda com os modelos de

silvicultura e de organização anteriormente praticados, alterando radicalmente a paisagem

tradicional da região, por ter um valor de “paisagem cultural”. Assim, advogam a manutenção do

sistema de gestão florestal, embora aumentando a resistência e resiliência aos incêndios,

atendendo-se aos cenários de alterações climáticas, e continuando-se a privilegiar o pinheiro-

bravo. Assim, são preconizadas normas gerais da condução dos povoamentos de pinheiro-

bravo, quando encarados para produção de lenho (Tabela 5). Como se pode constatar, é

sugerido o aproveitamento da regeneração natural por ser menos onerosa e agressiva do meio

ambiente, por não implicar qualquer intervenção no solo, sendo o recurso a semente destinado

a auxiliar artificialmente a rearborização e a ser praticado em áreas ardidas com alguma

frequência, tal como advoga o PGF.

O Relatório da CC-PRML estabelece que a gestão adaptativa deve andar lado a lado com os

procedimentos mencionados, pretendendo-se uma silvicultura dinâmica, próxima da natureza

(SPN), considerando-se a promoção de povoamentos mistos ou de outras espécies a valorizar,

a diversidade estrutural dos povoamentos florestais e a melhoria da resistência individual das

árvores. Tal implica, também aqui, a instalação duma monitorização adequada para avaliar a

taxa de sucesso das intervenções.

15 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________

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