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a avaliação da mortalidade das árvores ao longo do tempo (3 anos em termos de médio prazo)

e o registo do ataque de insetos e de organismos patogénicos, bem como a instalação de árvores

armadilhas destinadas a insetos desfolhantes e xilófagos.

Por sua vez, segundo Sousa et al. (2019), os métodos de controlo/ preventivos de pragas podem

ser aplicados diretamente sobre os agentes ou, indiretamente, no hospedeiro, intervenções que

visam melhorar o seu estado de desenvolvimento e de vigor da planta e, consequentemente, a

sua resistência a pragas e doenças. Estes métodos incluem: a) meios mecânicos - remoção e

destruição do material vegetal, onde o agente se encontra; b) processos culturais - intervenções

silvícolas realizadas no sentido de melhorar o vigor das árvores; c) métodos biotécnicos - de

modo a manipularem o comportamento do agente ou as interações com os hospedeiros, como

hormonas de crescimento, precocenas, feromonas, cairomonas, substâncias esterilizantes ou

inibidores de crescimento; d) meios químicos - através da aplicação de fitofármacos diretamente

na superfície do hospedeiro ou no seu interior atuando através de ingestão, contacto e

fumigação; e) biológicos - recorrendo à introdução de organismos vivos com capacidade de

controlar agentes patogénicos, como parasitoides (insetos), doenças (fungos, nemátodos, vírus,

bactérias) ou predadores (insetos, aves, mamíferos); e f) genéticos - aumento da resistência das

plantas através do seu melhoramento genético ou da seleção criteriosa da sua proveniência.

Para além destes aspetos, segundo o Relatório da CC-PRML, as novas plantações a realizar

deveriam ser acompanhadas do ponto de vista fitossanitário, em termos de espécies, formas de

povoamento – regeneração natural vs. via seminal vs. plantação tendo em conta o tipo de

material de viveiro, sua origem e qualidade, e tipos de povoamento a instalar (monocultura vs.

intercalação com outras espécies criando zonas de descontinuidade).

Finalmente, é necessário formular um Plano de Proteção para se estabelecerem os

procedimentos adequados de exploração florestal destinados à manutenção do equilíbrio entre

a dinâmica dos povoamentos e a dos agentes (pragas e doenças) que os colonizam para se

atingir a regulação das populações de agentes bióticos a níveis comportáveis.

f. Desenho da paisagem florestal e modelos de silvicultura

Lopes et al. (2018), no capítulo do Relatório da CC-PRML relativo à gestão de áreas ardidas,

consideram que, embora a história deste território esteja associada a uma espécie florestal e a

um padrão retangular dependente da organização clássica em talhões, após o incêndio ocorrido

poderiam surgir novas janelas de oportunidade para que, dentro da manutenção das linhas

mestras deste tipo de organização espacial, pudessem ser criadas dinâmicas de valorização da

Paisagem no pós-fogo. Segundo os mesmos autores, onde existirá a possibilidade de criar

processos de ordenamento mais orgânicos e apelativos será nas bordaduras florestais. Além

disso, a alteração de paisagens monótonas poderia ser alcançada com recurso a diferentes

estratos, quer arbóreo, quer arbustivo, ou subarbustivo, com base numa maior diversidade de

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