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administração pública. Não considero o balanço tão negativo como tudo isso, Sr. Deputado, considero que a administração pública tem vindo a ter uma mudança muito significativa em matéria de informatização. Como todas as administrações públicas de todos os países, não está na ponta do progresso que têm as multinacionais ou os sectores mais avançados da investigação, mas esse é o preço a pagar porque queremos uma administração pública que seja estável. A mudança organizacional, que qualquer alteração tecnológica importa, tem de ser ponderada caso a caso. Pergunta-me se eu não gostaria que fosse mais depressa. Claro que gostaria que fosse mais depressa, mas posso dizer-lhe que o balanço que faço nesta matéria é muito positivo.
Já agora, Srs. Deputados, se me permitem um aparte um pouco irreverente, eu gostava de saber para quando é que concretizam a promessa, que me fizeram quando vim aqui apresentar o Livro Verde para a Sociedade da Informação, de que me chamavam cá para explicar o que é que se tinha passado, quais eram as consequências, etc. Continuo à espera, manifestei a minha disponibilidade e continuo à espera que me digam.
Como já passou bastante tempo, talvez já se possa agora fazer um balanço do que foi feito, e os Srs. Deputados sabem que farei um balanço suficiente equilibrado, explicando o que é que considero, em minha opinião, que não foi feito ou foi feito mal e o que é que acho que foi feito bem. Portanto, não será por falta de independência que este balanço não se fará.
A Sr.ª Deputada Maria Celeste Correia perguntou-me, mais uma vez em relação ao Programa das Cidades Digitais, pela componente de combate à exclusão social, designadamente dos imigrantes. Isto foi lançado agora, está em curso, neste momento, a formação dos primeiros monitores nas associações de imigrantes da região de Lisboa e vai decorrer durante todo o próximo ano. O programa prevê uma segunda fase com alargamento a muito mais associações e eu próprio achei prematuro começar por muito mais associações, numa primeira fase, sem que tivéssemos a experiência social do programa, pelo menos nos primeiros meses. Mas se funcionar muito bem durante a primeira metade de 1999, há condições para ampliar a outras associações durante a segunda metade do ano de 1999, sem esperar pelo ano 2000.
Aqui, o investimento é inversamente proporcional ao efeito: não é um grande investimento material que produz um enorme efeito social, é preciso antes um grande acompanhamento e uma grande sensibilidade relativamente às pessoas que estão nestas condições.
O Sr. Deputado António Braga fez uma pergunta sobre o crescimento da Internet nas escolas, a que julgo que já respondi.
A Sr.ª Presidente, a quem agradeço as suas palavras, perguntou-me pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. É uma fundação semelhante a fundações que existem, de financiamento, avaliação e acompanhamento e, portanto, não é uma fundação que seja, ela própria, um grande instituto que tenha os investigadores como funcionários. Não é, é um modelo semelhante ao que tem, a uma escala completamente diferente, a National Science Foundation, nos Estados Unidos da América, ou a Fundação para a Ciência, na Suíça ou na Holanda, ou seja, são institutos públicos cuja função é assegurar o acompanhamento, a avaliação do sistema científico, o lançamento dos concursos, etc., o financiamento, e definir e propor ao Governo as estratégias adequadas para ir progressivamente adaptando as políticas e os instrumentos de intervenção, quer em matéria de formação, quer em matéria de financiamento e acompanhamento de instituições, quer de abertura de novas áreas de investigação.
Julgo que cheguei ao fim das vossas questões.
Peço-lhes desculpa pelo tempo que vos tomei, uma vez que são 14 horas e 30 minutos.

A Sr.ª Presidente: - Muito obrigado, Sr. Ministro.
Também nós pedimos desculpa por termos iniciado esta reunião tão tarde.
Srs. Deputados, terminámos a discussão, na especialidade, do orçamento do Ministério da Ciência e da Tecnologia.
Recomeçaremos a nossa reunião às 15 horas, isto é, dentro de 30 minutos.

Eram 14 horas e 30 minutos.

A Sr.ª Presidente: - Srs. Deputados, vamos reiniciar a nossa reunião com a discussão, na especialidade, do orçamento do Ministério da Educação.

Eram 15 horas e 45 minutos.

Penso que todos dispensarão qualquer exposição inicial por parte do Sr. Ministro da Educação, na medida em que ela já foi feita aquando do debate na generalidade.
Vamos, neste momento, fazer o debate do orçamento na especialidade, pelo que fico à espera das vossas inscrições.

Pausa.

Srs. Deputados, não acredito que ninguém queira colocar questões sobre o orçamento ao Sr. Ministro da Educação, mas, se tal se verificar, darei por encerrada a reunião dentro de 5 minutos.

Risos gerais.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Carmem Francisco.

A Sr.ª Carmem Francisco (Os Verdes): - Sr. Ministro, não queria começar porque era minha intenção fazer-lhe uma pergunta. Enfim, muito específica. Pensei que houvesse uma discussão de carácter mais geral.

A Sr.ª Presidente: - Sr.ª Deputada, é exactamente de questões específicas que estamos à espera, porque se trata da discussão, na especialidade, do orçamento.

Risos gerais.

A Oradora: - Com certeza, Sr.ª Presidente.
A minha pergunta tem a ver com a educação especial. Sendo que as verbas previstas em PIDDAC, nomeadamente aquelas que são regionalizadas, não descem, em 1999, relativamente àquilo que foi a execução do orçamento de 1998, a minha pergunta é a seguinte: o PIDDAC de 1998 tinha uma provisão que, aparentemente, vai ser totalmente executada e cumprida e apresentava uma perspectiva já para 1999 de um investimento na ordem dos 383 000 contos. Verifica-se agora que, em 1999, de facto, não vai ser assim, constando no PIDDAC uma verba idêntica àquela