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autorização para "guarnecer" a comissão de avaliação e isso foi feito. Ela foi recomposta, está em pleno trabalho de avaliação, portanto espero que isso aconteça para a nova gare.
A respeito do Euro 2004, há muitos meses que se sabe que não vai estar tudo pronto para 2004, sendo impossível e irrealista estar a pensar nisso. Estamos em 2002, e aquela é (como eu gosto de classificar as obras públicas em obras de 600 dias e de 1000 dias) uma das obras de 1000 dias; portanto, fazendo as contas a partir de agora, ela não vai estar pronta. Contudo, a intenção é de ver se uma das partes, a de baixo, naturalmente, fica concluída. Por isso, serão feitos todos os esforços e tudo o que estiver ao nosso alcance para não comprometer aquilo que me pareceu ser a preocupação manifestada, que é a solução da atracção. Agora, seria irresponsável da minha parte estar a dizer que tudo vai estar pronto, porque não vai.
Portanto, como eu disse, faremos todos os esforços para estar uma parte a funcionar como deve ser, e naturalmente que, com a capacidade de adaptação que os portugueses têm para estas situações, embora não esteja tudo pronto, tenho a esperança de que não haja comprometimento em relação ao Euro 2004.
Relativamente ao TGV, não gostaria de deixar ficar a impressão de que só estão duas ligações em causa; não estão só duas, estão aquelas que forem possíveis, quer na parte portuguesa, da inserção na rede portuguesa, quer na parte espanhola.
Mas o Sr. Deputado disse uma coisa que me parece dever sublinhar, que é a articulação com os fluxos principais, e está fora de causa que esta seja uma obra só para captar fundos comunitários. Enfim, como sabem, na sequência do último Conselho, no mês passado, houve alguma tranquilidade a esse respeito em Bruxelas, houve uma tranquilização dos países actuais que beneficiam dos fundos comunitários porque foi tomada a decisão de dizer que não. Eles prolongam-se para os fins habituais para além do ano de 2007, e, portanto, independentemente de não ser sensato, do ponto de vista de investimento, fazer investimento só para obter fundos, sem termos ainda uma ideia clara acerca do projecto, estamos a aplicar-nos exactamente na avaliação da procura, e isso é importante pois queremos, como é natural, viabilizar a linha que há-de ser feita e a sua exploração. E queremos mais.
Sabemos que vai ser difícil a ligação ao Porto, mesmo como área metropolitana do Porto, mesmo tomando-a em conjunto e com estas ligações que já referimos, de Porto-Braga, Porto-Guimarães, pois fazendo a conjugação de tudo isso os números que temos indicam que o Porto é uma parte importante mas sozinha atrasaria muito a viabilidade de uma ligação autónoma para Madrid.
É preciso não esquecer alguns números. Uma linha vulgar de TGV, em França, tem cerca de 20 milhões de passageiros por ano. Neste momento e depois destes anos todos, a linha de Madrid-Sevilha, com a versatilidade da sua aplicação, vai nos 5 milhões. Juntando Porto e Lisboa, teríamos pouco mais de 5 milhões aqui, numa data já de velocidade cruzeiro, para arranque mas já consolidada. De maneira que é escusado estarmos a embarcar em sonhos de multiplicidade de linhas, porque isso não conduz a uma exploração saudável no sentido de que seja auto-justificada.
Portanto o número de uma linha vulgar de TGV, em França, com 20 milhões, deve dar-nos que reflectir, quando comparamos com 4 milhões de Lisboa e um pouco mais de 1 milhão do Porto, ou seja, teremos um quarto, ou um terço, na melhor das hipóteses, daqui a uns tempos, daquilo que é uma exploração corrente de França. De maneira que a resposta sucinta à sua pergunta é que a nossa aplicação neste momento é no sentido de tentar conciliar a viabilidade, atendendo à procura, para arranjar uma exploração que seja adequada.
Já falei da questão do Metro do Mondego e também do Metro a Sul do Tejo.
Quanto às medidas de atenuação do impacto foram muito de natureza urbana e isso elevou bastante o custo das obras a fazer, mas é evidente que tudo isto tem de se conciliar. Queremos simultaneamente melhorar o meio urbano, dar condições de vida às pessoas, fazer com que elas não venham de automóvel para Lisboa, mas também que não tenham as penalizações de mudança para dois ou para três modos de transporte e, deste modo, inseri-las rapidamente na linha ferroviária que vem para a margem norte é muito importante. Por isso, este metro é simultaneamente um instrumento de ordenamento urbano, de conforto das populações, de coesão da área metropolitana e uma racionalização do sistema de transportes.
Quanto à questão da ferrovia, que há pouco referi, não vou pronunciar-me ainda acerca do corredor Chelas, ou, digamos Lisboa-Norte, porque há várias coisas que posso fazer. É evidente que ele não pode ser mais um corredor esmagado entre a zona das colinas do vale do Tejo e o Tejo. Há dias, diziam-me que já passam lá 17 ligações, portanto, já não comporta mais, porque a largura é muito estreita. Vou esperar o resultado deste estudo que está a decorrer para a fixação do canal que vai haver.
Depois, o Sr. Deputado falou-me nos suburbanos, em especial nos da margem norte. Devo dizer que temos grandes preocupações relativamente ao problema e estamos a dar-lhe grande atenção. No próximo sábado, por exemplo, irei com o Sr. Secretário de Estado ver os novos suburbanos do Porto.
Como sabem, Porto e Lisboa, quanto aos caminhos-de-ferro suburbanos, têm comportamentos relativamente diversos. Em Lisboa, as pessoas já se habituaram, a Linha de Sintra já está na rotina, mesmo a Fertagus pode dizer-se que já entrou numa fase bastante interessante e mesmo da Azambuja já há muita gente que vem para Lisboa.
No Porto, as coisas são diferentes e as pessoas não têm o hábito, por defeitos de ligação, porque ainda não há grande comodidade nos próprios comboios. A verdade é que, no próximo sábado, vamos fazer um trajecto e ouvir da própria CP o que estão a fazer no aspecto de marketing e nós gostaríamos muito que os caminhos-de-ferro suburbanos, no Porto, fossem muito incentivados para terem pelo menos a parcela já existente em Lisboa. Isto apesar de julgarmos que em Lisboa pode haver muito mais.
Não vou repetir o que disse há pouco, relativamente ao Sr. Deputado Miguel Coelho, a respeito da linha de Cascais. Penso, contudo, que ainda há muito a fazer para explorarmos todas as virtualidades das linhas suburbanas.
Relativamente a linhas de bitola estreita ou que não sejam interessantes para a exploração a nível nacional, porque isto foi objecto de algumas menções por parte dos Srs. Deputados, queria dizer que estamos totalmente abertos a ceder essas linhas a associações de municípios, como, aliás, já foi feito em tempos, e a deixá-las para outras fórmulas mais localizadas de exploração. Para estas linhas das áreas metropolitanas, é evidente que tem de ser a própria