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estão muito relacionados com as respostas dadas em termos da importância e das

expectativas face à criação da Ordem profissional.

Face à identificação das profissões que competem com a de Assistente Social, os profissionais

são tendencialmente unânimes ao assinalar um conjunto de profissionais como os

psicólogos, os sociólogos, os animadores sociais e os educadores sociais, entre outros, que

desempenham funções que entendem ser, tradicionalmente, do domínio do Serviço Social.

Esta competição, muitas vezes desregulada, é apontada como ocorrendo sobretudo ao nível

da empregabilidade, isto é, os assistentes sociais manifestam o seu desagrado face ao facto de

outros profissionais oriundos de áreas de formação distintas desempenharem funções que

consideram da sua competência. Relativamente aos aspectos que diferenciam o Serviço

Social das outras profissões concorrentes, tendem a considerar a sua profissão mais

abrangente e com metodologias distintas, em regra mais vocacionadas para uma intervenção

de proximidade e com inovadoras práticas de avaliação das necessidades e de estratégias de

envolvimento e inserção dos cidadãos no sistema de protecção social.

A questão da autonomia face a outras profissões é objecto de respostas muito distintas. O

nível de autonomia parece variar mais em função do nível hierárquico do que em função da

profissão.

Finalmente, no que concerne à opinião dos profissionais acerca da constituição da Ordem, as

opiniões são consensuais. A criação da Ordem dos Profissionais do Serviço Social é

considerada fundamental, tendo como principais justificações a regulação profissional, a

regulação da formação, a representação e defesa dos profissionais, a defesa dos direitos dos

cidadãos e a harmonização de metodologias e procedimentos. De acordo com estas

justificações, os aspectos identificados como sendo mais positivos são diversos: regulação,

protecção, harmonização de procedimentos, e definição de padrões salariais. Por outro lado,

apesar da relutância manifestada relativamente à identificação de aspectos negativos que

poderão advir da constituição da Ordem, os entrevistados tendem a reconhecer algumas

questões, como o corporativismo, dando como exemplo o que ocorre com outras ordens

profissionais existentes em Portugal. De um modo geral, os assistentes sociais entrevistados

identificam o interesse público da constituição da Ordem com o aumento da qualidade do

trabalho desenvolvido e a sua tradução na melhoria dos serviços prestados à comunidade.