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profissionais, e uma aguda percepção da especificidade do seu campo de acção e das mudanças,

por vezes quase imperceptíveis, que estão a ocorrer nas sociedades contemporâneas. Este

contexto mutante impõe, assim, que se estude e reflicta sobre o melhor processo de organização,

fiscalização e controlo do campo de actuação dos profissionais de Serviço Social, desde a

formação até à avaliação da intervenção profissional por forma a permitir que esta corresponda

à acção competente e eficaz que a sociedade espera.

O estudo procura responder a estas inquietações procedendo a uma caracterização dos

profissionais de Serviço Social enquanto grupo profissional, que combina os indicadores

objectivos sobre diversos aspectos da profissão, desde a sua formação escolar e profissional até

aos modos de exercício dessa profissão, com informação mais subjectiva decorrente da

experiência dos profissionais, sobre a avaliação que estes fazem daqueles e de outros aspectos

da profissão, como a estrutura formativa, as áreas de intervenção profissional, as dinâmicas do

mercado de trabalho e os modos de regulação das actividades profissionais, tudo num contexto

de grande turbulência das sociedades modernas, em geral, e da articulação entre as profissões,

em particular.

O presente relatório, que apresenta os resultados do estudo efectuado, está repartido em cinco

capítulos, antecedidos de uma nota metodológica. O primeiro capítulo desenha um

enquadramento teórico para a problemática da auto-regulação da profissão do Serviço Social,

abrindo uma reflexão sobre o contexto actual da profissão e sobre as transformações que vêm

ocorrendo nas últimas décadas quer no campo das profissões quer nos mecanismos de (auto)

regulação. O segundo capítulo congrega uma breve análise sócio-histórica dos profissionais de

Serviço Social, em Portugal, clarificando o seu trajecto profissional, as suas especificidades, os

seus meios de formação e o contexto educativo em que se inserem. O terceiro capítulo apresenta

e discute os resultados da aplicação de um inquérito por questionário aos profissionais de

Serviço Social, visando não só a caracterização sócio-profissional destes, mas também uma

auto-avaliação relativa às suas competências e desempenho profissional e às expectativas em

termos de modos de regulação da profissão. O quarto capítulo tem um pendor mais qualitativo

e centra-se na análise de conteúdo de um conjunto alargado de entrevistas a profissionais de

Serviço Social exercendo as suas funções em diversas áreas sociais e a profissionais com

responsabilidades de natureza distinta e mais institucional mas com eventual impacto na

actuação daqueles. Por fim, no quinto capítulo, procura-se realizar uma avaliação deste campo

profissional, através de uma síntese avaliativa das potencialidades e das fragilidades expostas